Pensamento

Passarinho

Passarinho bonitinho
simplesinho ,
como Deus sugeriu que deveríamos ser,
Mas aos que pretendem ser
semi deuses ,
desatina a alegria.
Passarinho bonitinho,
de penas multicolor,
de atos pensados ,
como os nossos deveriam ser.
Essa vida econômica de realidade
econômica também em palavras e atos.
Perdida em qualquer momento mágico
da infância ,ofegante por viver em tempo inimigo.
Quando se agasalha ,
com as vestes do viver simples ,
constrói se ótimos humanos e,
tudo conspira a favor ,

No poder

Falam com palavras arrumadas, desde o tempo que os índios

Passaram a se olhar no espelho.

Falam de tudo, mas preferem ficar mudos,

A real necessidade humana .

Porque o tempo é tempero certo para todo aprendizado ,

Deveríamos usar bem a mão de lavrador ,

Pois o sol que já permeia o trigo e o que faz de todo

Pão salvador, ou desfaz a dor

Usar toda força e toda labuta santa ,

Usando as mãos da justiça, recolhendo todo tipo de lixo

Que pode matar ou enguiça a estrela brilhar!

Nem nos piores pesadelos...

Nem em pesadelos supus
Ver humanos de joelhos
Inertes perante um vírus.
Do medo olhos são os espelhos.
Poderes ficaram nus
Cuidem-se. Vos Aconselho.

Isolamento social
E máscaras para o rosto
Cotidiano já não é igual
Más caras mostram desgosto
Em agir no novo normal
Que ao planeta todo é imposto.

Evite aglomeração
Dois metros afasta o perigo.
Bar, balada pode não.
Ouça bem o que a vós digo
Fique em casa e lave as mãos
Senão o contágio é o castigo.

HEDONISMO

HEDONISMO

 

Só por maldade

Se pode negar o vermelho à maça

Qual voz rouca suavemente arrastada

Que pede à mão cuidado na colheita.

 

Assim fez Eva,

O seu corpo entornou-se em luz

Que delicadamente beijou os olhos de Adão

Que sem saberem já suplicavam beleza.

 

Deus, já velho, virou a cara

Procurou reminiscências do arrepio

Provocado pelo frenesim das células

Mas só encontrou despojos

De guerras, pragas e castigos.

 

Olhos de vidro não choram

ADRO

ADRO

 

Ainda é noite nos meus olhos,

O sol teima em arrancar-me à morte

A que me entrego em esperança fingida.

 

A indiferença das vontades prisioneiras do conteúdo dos sacos de plástico

Que o corpo carrega contente

Como extensões com que a natureza o dotou

Castiga as tentativas de me arrancar ao degredo.

 

Acabou a missa,

As almas benzidas fundiram-se com o bafo a álcool,

Eu assisto ao arraial consciente da minha transparência.

Não pequei menos na renúncia ao copo de vinho

UMA PRISÃO EVITÁVEL

Onde está...
o limite do que podemos imaginar?
Até onde...
podem voar os nossos sonhos?
Livres de medos medonhos....
Quem determina,
Que palavras nos podem ocupar a mente?
Seremos nós,
Que nos impedimos de seguir em frente?

Por vezes
Somos a nossa pior inquisicao
Quem está sempre pronto
Para nos dizer que nao,
Não é correto,
Não é certo,
Deverias ser mais reto!

Como nos podemos afirmar livres
Se nos castigamos
Pelo que pensamos
E pelo que sonhamos?

O destino que me espera

Tenho tanto por dizer,

O mundo por conhecer,

Uma mulher que desejo tanto amar,

Sair das profundezas e da casca,

Deixar de viver a rasca em vez de um estado abundante,

Quero rugir como um leão,

Sair da solidão,

Dar asas ao meu coração,

Fazer do meu trabalho a minha decoração,

Criar o sonho que é a minha devoção,

Dar luz a minha paixão,

Enxergar o meu propósito,

Receber dezenas de depósitos,

E viver momentos insólitos.

 

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