Pensamento

Escureceu

Escureceu mais um dia e virou passado
esticou se o tecido que serviu mais tempo
a carne nobre,
Este tecido de puríssima seda
as lágrimas descobre
Este pano , trapo de seda
era camisa preferida
do morto que era esnobe
ganhou muito dinheiro
um balaio de preocupações desnecessárias
que acumulou o tempo inteiro
mas da simpatia de Deus era pobre
escureceu mais um dia e virou passado...
Ó Deus !
- ensina me a deixar um outro legado.

Além-mar!

A voz do silêncio
As aves do mar, brincam nas areias
num brinde singelo cada um a sua natureza
daquela minha praia predileta, lá sentado olho o mar
e o seu fugaz esplendor que me faz divagar
Ele acalma a minh’alma, e vejo tudo
ouço o fluir suave dos meus segundos,
quase posso ouvir meu coração pulsar
Oh triunfal silêncio... só o vento
o quebrar das ondas, nesta praia deserta
O azul do mar invade minhas pupilas,
seduz os meus pensamentos, criando aquelas ilusões
aquelas sublimes fantasias, trazendo ao meu mundo

Mudar

Um dia desanimador
Tentando entender o que há de errado
Aonde foi que eu pequei, qual a fonte do pecado
O porquê estou sofrendo
E porquê as coisas mudam
No inicio as coisas são lindas
Até que as pessoas se iludam
Mas depois tu vê tudo mudar
As coisas que eram organizadas
Jogadas fora do lugar
Sua mente vive vagando
E se perguntando
Por que as coisas tem que ser assim?
Será que o erro está na pessoa?
Ou o erro sempre existiu em mim?
.anjoperdido

O tempo

Qual tempo promove entendimento?
Qual melhor tempo para se viver ?
Doravante
Sejamos
De uma ultilidade anonima
Pequenos e de grande serventia
Sejamos simples
Lavemos aos poucos
Nossas vestes angustiantes
E  façamos aos poucos
A purificação de nossas desordens.
E perfeitos continuemos nossa  jornada.

 

Um Poema...

O que são Poemas?...

 

Conversas da alma apenas

Que a voz materializou…

Emoções e sentimentos

Alegrias, dores e seus lamentos

Que a caneta revelou…

Por tão fortes, tão intensos

E na sua grandeza imensos

Que nem o espírito os calou.

Um sorriso em letra de forma

A alegria que nos entorna

Do pensamento, extravasando,

Uma paisagem com muita cor;

Um perfume, um sabor…

Que guardados ficam,

Nos sufocando.

 

Uma luz um olhar;

Uma viagem, um lugar;

blasfemando...

Nos copos bebidos

Conto os amores perdidos

Em gotas de ilusão…

Cada copo com seu travo.

Desse sabor amargo.

Das promessas feitas em vão…

 

Como, beber o teu corpo

Num copo de porto.

E blasfemar…

Dizer “ámen!”

Ou em tinto sugar-te.

Com branco regar-te.

E em verde provar-te…

Também.

 

Mas a vontade me ficou esquecida

Num copo de uma bebida

Que já nem sei pronunciar…

Pela língua enrolada

Na boca anestesiada

Algures… num bar.

 

Entrada...

Vou ser meigo no começo

Mas tudo tem seu preço

Lá para a frente vou-me esticar

Vou dar cor e sabor às letras

Fazer curvas das retas

Quem sabe onde irei parar…

 

Espero não chegar a ser grosseiro

Que melhor uso à tinta deste tinteiro

Certamente poderei dar

Mas só comigo me comprometo

De escrever não tenho medo

Quem não gosta…

Não tem que gostar

 

Falarei de tudo,

e coisa nenhuma.

meias verdades,

e verdade alguma;

sobretudo sobre mim,

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