Pensamento

osso

Osso 

Osso tenebroso enverga e Salta na perna de um corso

Dobrados fincados em torro milenares

 Abaixo da sombra do colosso dos vales de   ossos secos

 Osso colado osso, curado sustentando

 O corpo horto do tempo e medulas para a raridade.

 

Escrevo

Escrevo no calor do momento,

No frescor das ideias,

Antes que esfrie a motivação.

 

Faço de conta que é novidade;

Trago à realidade

O que não passa de imaginação.

 

Conto o que me conta a cabeça,

O que me conta do que vê meu olho;

O que me contam ao pé do ouvido…

 

Se faz sentido, não importa.

Escrevo artigos para exportação,

Prazeres a serem dados a outras pessoas.

 

Se não lhe agrada, me entristeço;

Por ter-me lido, lhe agradeço!

Tomara poder fazer melhor…

Lixo

É lixo!

O papel que embala o sabão que me lava,

Que limpa o meu corpo da minha sujeira;

Embalagem vazia apenas. Inútil…

 

O panfleto da propaganda ordinária da rua

Em cujo verso eu rascunho minha poesia…

Lixo! Puro lixo!

 

A garrafa da água que bebo,

Corpo vazio, usado,

Descartável, desprezível!

Lixo!

 

A sacola do mercado…

Que trouxe minha comida…

Agora carrega meus restos!

Jogo na rua; sem pudor, sem gratidão,

Sem consideração…

 

Apareceu a prova

Apareceu a prova

Enfim encontrou-se a prova
Que houve parcialidade...
O áudio vazado comprova
Qual era a prioridade...
E que o juízo tinha lado
Que o ato era determinado
Tirar de Lula a liberdade.

O "show" que a defesa dava
Passava à acusação...
Numa sordidez coesa
Tramavam a linha e então
Com juízo combinado
Algum áudio era vazado
Pra rede de televisão.

Dois Brasis.

Dois Brasis.

Trata-se mal quem trabalha
Como se fosse o entrave a escória
O estorvo o fardo e o canalha.
Basta ver a nossa história.
Vejo a dor, na mente gravo
O humilde feito um escravo
Privado de pão, bens e glória.

Povo carrega nas costas
Uma elite sanguessuga
Que de regalias gosta
Também produz pouco e suga
A renda da produção.
Sobra para o povo então
Suor, sofrimento e ruga.

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