Poesia Visual

Matar é morrer; respirar
Superficialmente é não viver;
Vida precisa tanto da morte
Como bem estar do mal estar.
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Se nenhum ser matar acaba de todo
A morte que não tem existência
Própria. Só quem tem ainda alguma dualidade
Vê a morte como coisa, causalidade.
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As doenças e coisas que matam são causadas
Por matar e comer animais, por
Os seres fazerem mal uns aos outros,
E por acções erradas, precipitadas.
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Tu és eu e eu sou tu; caneta
É eu e eu sou caneta; árvores

CUIDADO(A)
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Somos mesmo a água que cai ou
Não cai, o escuro e o luminoso(a),
O(a) guarda chuva, a terra, o ar,
O céu aberto, o cuidado(a), o amoroso(a)…
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O não descuidado, o não irritante,
O não desnecessário, o respeitoso(a)…
O sagrado, a prática, o praticado,
O pesado, o leve, o precioso(a)…
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O não dual, a tranquilidade,
O(a) cumpridor(a), o(a) comunicador(a),
O(a) não intromissor(a), a gentileza,
A limpeza, a leveza, a profundidade,
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Inapropriado é tudo o que compromete
Ou não promove a libertação, a salvação,
O bem estar de todos os seres sencientes.
Compreender isto é do inapropriado a libertação.
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Mal, dor deriva de nos afastarmos
Da perfeição, do paraíso, do sereno,
Atento nirvana… do dualismo, da separação,
da pressa, da preguiça, da má avaliação…
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Nem rebeldes nem demasiado submissos,
Obedientes. Abraçando e sustendo
E abraçada(o) e sustido sendo
Por todo o bem, integridade, virtude, habilidade.
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Desligados e ligados; compreendendo
E não compreendendo; respirando
Inconsciente, superficialmente
E consciente, profundamente.
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Compassivas, afectuosos, bondosas,
Flexíveis, desapegados(as), transcendentes,
Superiores, inferiores, pacíficas(os),
Sós, acompanhados(as)…
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Enérgicos(as), criativas(os), brilhantes,
Dotados(as), sinceras(os), intensos(as),
Profundas(os), superficiais, imensas(os),
Meticulosos(as), serenas(os), concentrados(as).
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Comunitários(as); verdadeiras(os);