No pedúnculo da via látea
Autor: Frederico De Castro on Monday, 6 March 2023
Pelo pedúnculo da via láctea a noite hasteia
sua solidão inconformada
Nos céus um nubente silêncio amara junto ao
caule de uma carícia enamorada
Prosa Poética
Esfumou-se o silêncio
Autor: Frederico De Castro on Monday, 20 February 2023
Esfumou-se o silêncio numa ode de preces
voláteis e tão coniventes
Assim se ovaciona a escuridão pairando à
superfície das rimas complacentes
DESAFIO
Autor: Nina Oliveira on Saturday, 11 February 2023
DESAFIO
Fait accompli
Autor: Frederico De Castro on Saturday, 11 February 2023
Consumou-se a noite num carrasco silêncio redundante e supérfluo
Tão melífluo quanto aquele breu perdido no cardápio do tempo dulcífluo
Tão pérfido quanto um lamento permutado por angustiantes uivos impudicos
Consumado o tempo alimentou as entranhas desta solidão indulgente
Existência que não apraz
Autor: Reirazinho on Sunday, 5 February 2023Pela penumbra do tempo
Autor: Frederico De Castro on Thursday, 2 February 2023
Pela penumbra do tempo entra esta solidão
Tão prenhe, tão convergente
Terna e grácil a manhã descerra a lápide a cada
Luminescência quase estridente
Depois...pode ser nunca
Autor: Frederico De Castro on Thursday, 26 January 2023
Depois…pode ser nunca quando
o tempo judiado e inadiável
Fenecer junto aos beirados deste silêncio
intrínseco e indominável
Quando empalidecer uma hora felina serena
Poesia como doença transmissível
Autor: Reirazinho on Wednesday, 25 January 2023Naufrágio ao luar
Autor: Frederico De Castro on Monday, 16 January 2023
Naufragou este luar emborrachado por um licoroso eco semântico
Foi o prelúdio das palavras aconchegadas a um negróide desejo apoteótico
Foi o derradeiro espasmo deixado no velório de cada sussurro tão osmótico
Nas vastas planícies da noite escorrega a maresia tão bêbeda, tão impotente
A camuflagem do silêncio
Autor: Frederico De Castro on Tuesday, 10 January 2023
A camuflagem do silêncio é esbelta, serena, pacífica e reverente
Forja da luz subtis fluorescências tão alucinantemente omnipresentes
E de olhos nesta solidão candente amara além o céu vibrante e transparente
A camuflagem do silêncio dilui-se no tempo e em cada hora irreverente
