Prosa Poética

Ate breve...

Seguir em frente... Mas se eu não quisesse??

Se não gostasse, se ficasse e sofreste?

Pois quando se gosta e se perde, chega hora do dia  e você esquece...

Mas quando se gosta e não se investe, chega hora doa noite  e você esquece

Mas quando se gosta e se  investe

Uma luta que as vezes se vence ou se perde

Às vezes se perde no primeiro e se vence segundo ato

Ontem senti falta de vossa mercê

Ontem senti falta de vossa mercê

Ontem senti falta de vossa mercê...

Quanto no ínfimo átimo de um pensamento, lembrei...

Tudo voltara como num ocaso incontestável... Senti falta deveras!

Decerto já se passaram muitos meses, quiçá até um ano, mas, de presto tudo voltara, voltou quando eu em um lugar caminhava e recordava...

Sim recordei às conversas, os telefonemas após um dia intenso de labor, lembrei tua voz...

Não chorei deveras, fui forte eu sei, posto que fora tudo uma breve ilusão, famigerada paixão, mas recordei vossa mercê...

DIÁLOGO COM O MAR

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                                            - Mar tenho algo a lhe dizer...

                                     - Tenho um amor maior que você!

                         - Mas,  essas muitas águas não poderão afoga-lo.

                                         - Mar,  esse mundo aguado...

                                     - Não mataria meu amor afogado.

Há um Sol que tem a silhueta do meu nome,

Há uma estrela suspensa que tem o limite do meu brilho,

Há uma Lua que tem a cor do meu silêncio,

Há um mar que tem o depósito das minhas forças,

Há um vento que tem o sopro dos meus beijos,

Há um deserto que tem a multiplicidade do meu Amor,

 Há em mim um destino que grava o teu nome.

 

Gila Moreira 25/04/2014

 

Depois vem o Amor

O infinito pesa na boca

A partir de todas as vogais

Em que nada ferve senão a ânsia

de beijar-te.

 

Vem depois de tanto nada

Colherei  as flores da vertigem para sempre

Se

As mãos tiverem o grito exacto do tacto íntimo.

 

Vem as pétalas que regem a origem da ternura

Também as conchas vem depois das luas trabalhar o mar

Depois vem nascente e realiza a montanha

Depois de tudo

Mataram os passarinhos de Deus

Corpo Vivo (1962) é um instigante romance regional do escritor baiano Adonias Filho, que me causou grande impressão. Assim sendo, compus estes versos (em 1990) baseado no enredo, extraindo os ápices da trama que se desenrola no insólito sertão do sul da Bahia. 

Compartilho com os amigos. Apreciem e se gostarem, comentem. 

 

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