Prosa Poética
O meu Reino
Autor: Gila Moreira on Monday, 10 February 2014No coração do deserto
Autor: Gila Moreira on Friday, 7 February 2014Ouves o meu uivar de lobos?
Despe as memorias do silêncio,
agita o fogo que acende os corpos de pele nua,
aproxima a noite estreita e perde o rumo.
Sou a boca no coração do deserto, onde
por fim faz sol,
eu recomeço em quase ou talvez,
onde o grito do excesso perdura.
Continuas a ouvir o meu uivar de lobos?
Tacteia o espírito maduro,
crê no fermento ofegante deste Amor,
O Amor ensina a não morrer.
Autor: Gila Moreira on Thursday, 6 February 2014O Amor ensina a não morrer.
Amas-me?
Eu amo-te. Não morres nunca.
Foste tu Amor, após a persistente dor, que me amas-te.
Hoje eu não morro.
Somos as línguas da carícia,
os ramos mais altos de nós,
o fim do Ar,
a chuva dos rios e da colina,
tudo no Amor.
Vem Amor, dorme-me,
a minha casa é tua,
também a pele e as suas páginas,
Existir
Autor: Gila Moreira on Tuesday, 4 February 2014Podemos nascer entre o Sol e a Lua,
dormir sobre as estrelas,
sonhar nas nuvens,
despertar na aurora,
descansar entre a terra e o mar,
simplesmente existir.
Gila Moreira 04/02/2014
O despertar do verbo Amar
Autor: Gila Moreira on Monday, 3 February 2014O despertar do verbo Amar
Persigo em mim, o despertar do verbo amar
em poema que desfaz duas paredes,
para construir uma fonte.
Em mim, despe-me e demora uma eternidade,
desenha-me defronte,
descobre-me a menina e faz-me mulher
prometendo amar o que só pode viver para sempre.
Fecho os olhos para ver a demora e
o regresso do tempo desperta a nostalgia
do silêncio afirmativo,
Devaneios da Mente
Autor: Gila Moreira on Monday, 3 February 2014Primeiro a tua mão sobre o meu seio,
depois o roçar do joelho,
e o ventre mais à frente é a tua maré.
Então já a maré subiu de vez,
agora a mão já impõe,
já não embala, mas,
o beijo é a onda,
onde a boca exige:
o querer mais sal,
mais quente, e
já não há mais gesto que se invente.
Afagos de Amor e nudez,
somos a maré alta de quem ama,
por fim, a ternura,
Paixão
Autor: Gila Moreira on Monday, 3 February 2014Estás aqui mais dentro que o sangue,
queimas as artérias,
a saliva,
os lábios,
Onde as línguas bebem o meu nada
que tende para os excessos.
Ferve-me a boca de desejo,
bebe-me as aflições do meu Mar,
tranca-me a onda de espuma
no teu porto,
pronuncia-me o respirar em cada sílaba do meu nome,
Fere-me o olhar de mulher felina em paixão ardente.
Faz nascer Desejos
Autor: Gila Moreira on Monday, 3 February 2014Teus caminhos põe pedras no rio, e
sobes ao leito da boca onde somos,
duas bocas, duas línguas, e
sós somos nus,
onde e quando ardemos.
A cama ou a falésia ou a jangada, onde
as permutas de vapores,
de tempestades de incêndio faz-se excessos,
são os meus desejos.
Refluxo de lábio desmaiado toca o fundo infinito.
somos o vento que sopra outra maré,
ardemos ou morremos?