Prosa Poética
O Amor estremece o medo
Autor: Gila Moreira on Wednesday, 4 December 2013O Amor estremece o medo
…busco a boca que anela o tempo, o tempo que rompe os lábios
bebendo o grito da saudade que esvazia o fundo em floresta de
nevoeiro. silenciar o espaço, extinguir os nervos, acorrentar o
sentir, vacilar no verbo fazer em querer.
…no amor vejo os glaciares e o medo estremece, e a luz derrete
a cor no olhar dos amantes sob real. vê se a queda da montanha
que arde no frio e o amor estremece o medo da morte na boca do
texto da Origem.
O Abraço
Autor: Gila Moreira on Wednesday, 4 December 2013O Abraço
Em momentos de mágica,
canto-te outro texto em caligrafia poética de mim…
abraço que ata os corpos de pele nua
como a raiz da terra,
aconchego em porto seguro,
onde querer-te é outro porto.
Abraço,
Cama de emoções que te cala e dita
as permutas de afagos de carência,
é mais do que um beijo,
gesto divino, poço onde
se caldeiam as emoções.
Tacto do sabor das emoções em
que todos confundem o Amor com a carência,
Tacto é a Origem,
O Desejo
Autor: Gila Moreira on Tuesday, 3 December 2013O Desejo
O desejo é fábula e metáfora,
todas as bocas de mim são fábulas e metáforas,
água salgada em lagos doces,
planície desejante que talvez floresce em ferida aberta,
navegar verbo preciso em dois mundos
de dia e de noite, é Desejo,
alimentar as rosas em poema repetido, erótico, é Desejo,
regressar á boca e salivar as sílabas, é Desejo,
sangrar em papel branco de mim, é Desejo,
romper a veia da palavra e arder, é Desejo,
refazer a dúvida na certeza, é Desejo,
Jardim do Nunca
Autor: Gila Moreira on Friday, 29 November 2013Jardim do Nunca
Estonteante Jardim do Nunca onde
eu em letargia de mim
grito cada verso que mordaça o íntimo.
Haverá sempre flores,
bocas, vogais que dormem e não calam,
novos símbolos a florescer em teu olhar,
ambos frágeis e cintilantes.
Jardim perdido em fogo,
arde sobre mim sobre ti em mim,
orvalho de cinzas em línguas de sílabas
flutuam desamparadas entre esquecer e falar.
Escrevo-me por paixões,
sopro em desespero vendavais internos,
O Tempo determinante
Autor: Gila Moreira on Friday, 29 November 2013O Tempo determinante
Escondida nas muralhas do tempo
espero o tempo determinante
num determinado tempo.
Tempos que não voltam
são tempos esquecidos,
são tempos que o vazio recusa
e municia-se de tempo presente.
Este é o meu tempo,
o tempo que recuperei dos
vinte e dois anos que rompi.
Este é o meu tempo,
tempo que determina quem eu sou
e em que tempo estou.
Este é o tempo que determino,
o tempo determinante.
Ditados da Alma..
Autor: Gila Moreira on Thursday, 28 November 2013Ditados da Alma..
Poesia que corre nas veias,
tinta de sangue poético
expelido pelos poros da pele,
letras dançantes ao ritmo cardíaco,
amantes do movimento imóvel da natureza das Sílabas.
Encontro-me no singular da noite,
esvazio-me no tempo e questiono-me no zero,
desfaço-me na árvore e desconexo a raiz
Onde o Desejo perde o nome.
Sofro a manhã,
sois de mim paralisam mares e glaciares,
cânticos novos fecundos em prados verdejantes,
Falésia do Amor
Autor: Gila Moreira on Tuesday, 26 November 2013Falésia de Amor
Rasgo-me verso a verso,
subo até á boca da veia do texto sem regresso,
bebo-te o embebido tónico de Amor.
Agito-me na intensa argila húmida da Origem,
Lavro-me letra a letra sobre o teu corpo,
Faço e desfaço todo o feitiço presenteado pela Lua.
A minha mente tende para o limite
em pele nua, onde tudo ferve sem vapor.
Rasgo outras linhas
e Amo um novo texto.
Parto para outro poema incerto,
por caminhos íngremes e frios,
O expoente das palavras
Autor: Gila Moreira on Tuesday, 26 November 2013O expoente das palavras
Estou no meu expoente máximo das palavras,
desvendo o mistério
na densa atmosfera de paixão,
namoro quem me namora o momento.
Escrevo para ti sobre ti,
revelações da lua que soltam os pássaros
que nascem no deserto quente.
Escrevo de mim sobre mim,
o fogo que arde em chama,
nas sílabas de tacto,
na mão que agarra o instante
e um novo mundo fecunda.
Promessa que rasga o texto
de Amar – te é a verdade
A Porta da Verdade
Autor: Gila Moreira on Tuesday, 26 November 2013A Porta da Verdade
Esta é a porta que arde para ti
na espera, na verdade da
chave que abre a porta nua.
Sou a porta aberta que nunca dorme,
escrevo na página aberta do livro
para não sentir a tua ausência.
Rios, glaciares
abrem as portas à vida,
tocarás o fundo em simetria de mim,
novos mundos se abrirão em procura
do principio da origem.
Entra a verdade e
sai a realidade
de ter-te na minha morada.
Calçadas pisadas,