A Cama
Autor: Gila Moreira on Monday, 25 November 2013A Cama
Cama nómada que colhe os ventos das estações,
a espiral do amor sequioso,
o fogo fragmentado das nascentes de mim,
o respiro ardente e abrupto dos Amores,
em lençóis de pele nua.
Bebo-te o desejo frágil em sílabas de carícia,
tu és o meu texto das palavras perdidas,
tu és a página principal do meu livro,
tu és o corpo em espaço vazio,
tu és a essência da existência,
a fonte da caligrafia do tacto.
Leito de pele onde repousa o feminino,