Prosa Poética

PESADELO ACORDADO

PRECISO SONHAR...

UM SONHO DE AMOR.

PRECISO SONHAR,

UM SONHO SÓ MEU!

PRECISO VIVER,

O MEU SONHO.

HOJE.

AMANHÃ!

POSSO NÃO MAIS ACORDAR.

PRECISO SAIR, DO PESADELO.

AGORA!

PRECISO , MEU DEUS!

COMO PRECISO,

SÓ POSSO SONHAR.

NÃO POSSO PEDIR.

NÃO POSSO EXIGIR...

SÓ POSSO SONHAR.

 

ARLETE KLENS.

- Existir na plenitude de Nascer -

 - Existir na plenitude de Nascer -

 

Perco o fôlego, agito-me ofegante e

em ritmo incessante,

sou o calor,

sou a sede,

sou a respiração,

sou a argila,

sou o mar,

sou a nuvem,

sou a maresia,

sou o ninguém para alguém.

 

Madruga-me no calor da madrugada,

bebe-me a sede perdida sem nome,

respira-me a rosa do útero, somente,

toca-me a argila silenciosa,

penetra-me fundo nas águas do corpo vibrante,

mergulha-me na fúria nuvem de ternura sem fim,

Tua manhã

- Tua manhã –

 

Procuro-te na plena e mágica manhã,

a Bruma,

o enlace dos dois corpos em

cumplicidade absoluta,

a fragrância que pousa em cada

paisagem onde me vejo,

o corpo que flutua no

meu mar agridoce e submisso.

 

Quero um sopro de ânsia na

pele beijada em insaciável

espuma de desejo e

arder incendiados pela chama da paixão.

 

Sinto-te dentro de mim de Onde a Quando,

a saudade dói,

a ausência permanece,

o teu nome tatua o meu até,

LIÇÕES DE VIDA

SINTO-ME MÁ!

MUITO PIOR QUE MÁ!

NÃO QUERO SENTIR -ME DIFERENTE.

HOJE QUERO ESTAR ASSIM.

NÃO DEIXEI DE AMAR A QUEM AMO!

DE OUVIR OS SONS QUE ADORO.

MAS DEIXEI SAIR DE DENTRO DE MIM

MEU LADO RUIM.

AQUELE BEM LADEM,SADAN.

SEI LÁ!

QUERO VER ATÉ QUE PONTO,

MINHA MALDADE PODE CHEGAR...

ENTÃO VOU LÁ.

CARA AMARRADA,

OLHOS INCHADOS ,(ACABO DE ACORDAR)

QUERO CONCLUIR A MINHA PRIMEIRA MALDADE DO DIA.

SAIO LÁ FORA, MINHA CADELA CORRE ME RECEBER.

LAMBE- ME OS PÉS, ABANA O RABO.

Assim

Não passaria de uma pequena divergência, se assim lhe quisesse chamar, se o certo e o incerto levassem de mãos dadas.
É difícil de interiorizar quanto mais de consentir num silêncio abafado e sufocante do meu imprudente ser.

TUDO É QUESTÃO DE OPINIÃO

HOJE EU NÃO ACORDEI MUITO BEM.

PRIMEIRO QUIS RIMAR O AMOR.

MAS...SENTI UMA TREMENDA  DOR.

QUE ESQUECI O AMOR.

É...RIMAR AMOR E DOR NÃO DÁ CERTO.

COMECEI A LER UM POEMA,

FALAVA EM DESERTO, INCERTO.

COISAS ASSIM.

LEMBREI DA NOITE PASSADA E AMEI.

ME AMEI TAMBÉM, ATÉ POSTEI.

SERÁ QUE ACABOU INSPIRAÇÃO?

OU SEM NOÇÃO ACHEI SER POETA ENTÃO!

TALVEZ SIM , TALVEZ NÃO.

QUEM É QUE SABE!

NA DUVIDA DO QUE SER OU NÃO SER!

TER OU NÃO TER. 

DECIDI FAZER.

FAZER O BEM A MIM.

CEGO AMOR

ÓH AMADO!
QUANTAS VEZES ME PROCUROU,
DISPOSTO A DAR-ME TUDO QUE É SEU.
E EU INGRATA MANDEI-O EMBORA?
EM OUTROS BRAÇOS PROCUROU CONSOLO,
TENTANDO ESQUECER -ME.
NÃO É QUE TE AMEI MENOS , QUERIDO.
NEM DESEJEI QUE SE FOSSE.
MAS NÃO QUIS QUE FICASSE AO MEU LADO.
TRIPUDIEI DO TEU AMOR, MAGOEI TEU CORAÇÃO.
CEGA ESTIVE QUERIDO.
MAS TEU AMOR DEVOLVEU-ME A VISÃO.
HOJE ANSEIO TEUS BRAÇOS.

Fragilidade

Fragilidade

 

Pela calçada do Sol o vento arde

no caminho dos meus olhos frágeis de ti.

Dias, noites, tardes e entardeceres

São solitários de mim.

Recolho –me em busca

da água,

do ar,

do fogo e de nada.

 

Fragilidade que dita e apaga

a sombra do vazio.

Sou o silêncio em terra deserta de mim.

Ventos do Oeste movem-se

em campos de trigo seco,

reflexos do Sol em teu Céu.

 

Teus beijos frágeis elevam o meu corpo

sobre promessas passageiras.

Justo

Justo

O inocente sente-se destruído mas nunca vencido.
Falta de coerência e sensatez é não saber julgar, não saber-se quem é e mesmo assim insistir no julgamento alheio.
Lutem contra ventos enquanto eu vou numa corrida aos céus.

Diálogos do Éden ( parte VIII)

Diálogos do Éden ( parte VIII)

 

Eu ser Tu. Eros é a Alegria mais íngreme desaguando em In-finito...

viver para AmarTe...

O amor emerge como grãos de mostarda.

Minha amante de argila,

beijo te muito.

Tuas palavras penetram o fundo de mim,

sou argila em combustão e em falta de ti

cuspo em sílabas todo o fogo

que afasta as artérias e rompe as veias.

A Ideia de Infinito-em-nós é a energia

oceânica da nudez absoluta: seremos espuma de Alpha a Ómega.

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