Prosa Poética

TRISTE TARDE

 
O SOL VOLTOU A BRILHAR ,
TIMIDO LÁ FORA.
O FILHO QUE AMO E VI CRESCER.
AGORA DORME AO MEU LADO NO SOFÁ.
 
TRISTE ESTÁ A TARDE , 
COMO TRISTE ESTÁ MEU CORAÇÃO.
E O DESEJO MAIOR EM MINHA VIDA!
ERA NUNCA FAZER VOCÊ CHORAR.
PARA  MÃES OS FILHOS NUNCA CRESCEM
QUE BOM SERIA FOSSE O TEMPO
DE NINAR.
 
EMBALADO POR CANÇÕES 
NOS BRAÇOS  VIA!
SEUS OLHINHOS FECHANDO

SENTIMENTOS EM LOUCURA

 
DEFINIR O QUE ESTOU SENTINDO?
 
É UMA BOMBA PRESTES A EXPLODIR.
 
DENTRO AQUI DESTE MEU PEITO!
 
ESTOU EU SEM QUERER, SENTIR!
 
MISTURA DE DOR, DESPEITO,
 
DESESPERO,RAIVA, AMOR...
 
 E EU AQUI A LUTAR SEM AS ARMAS
 
QUE PUDESSE DO PEITO ARRANCAR .
 
TUDO QUE ESTES SENTIMENTOS, TRAZEM.
 

CHUVA

 
 
 CORRO NA CHUVA . SINTO SEUS PINGOS MOLHANDO MEU CORPO.
 
AGORA JÁ MOLHADA , NÃO ME IMPORTO . 
 
SE CHEGO SECO OU ENCHARCADA.
 
MEUS CABELOS COLAM EM MEU ROSTO , E OS PINGOS CASTIGAM A PELE.
 
LEMBRO DO TEMPO EM QUE CRIANÇA, NA CHUVA BRINCAVA.
 
SAUDADE ...
 
PULAVA NAS POÇAS FORMADAS POR ELA . 
 
E LOGO A ÁGUA, POUCA , LAMA VIRAVA.

EXTASE

 
AO NASCER DA NOITE DOIS OLHARES SE CHOCAM.
 
LUZES ESTÃO ACESAS EM UM LOCAL MOVIMENTADO.
 
O BARULHO É INCESSANTE DE MÚSICAS E DE PESSOAS.
 
UMA ENERGIA VIBRANTE, NÃO OS FAZEM VER MAIS NADA.
 
SEUS OLHOS SE CRUZAM ATRAVÉS DA SALA.
 
A NOITE DEIXOU DE SER CRIANÇA, 
 
TRANSFORMOU-SE EM ADULTA .
 
TESTEMUNHA DE SONHOS E MISTÉRIOS.
 
DE REPENTE UM GESTO, UM ACENO.

SILÊNCIO

                                                      SILÊNCIO
 
 
ENCONTRARIA EU PAZ NO SILÊNCIO,
 
SE MEU SILÊNCIO MUDASSE O DESTINO DAS VIDAS?
 
NO SILÊNCIO PROCURO A PAZ,
 
E ENCONTRO.
 
MAS, NÃO POSSO CALAR MINHA VOZ !
 
FALO, GRITO, ESCREVO, CANTO...
 
MEU DIREITO COMEÇA...
 
ONDE O DE OUTRO TERMINA !
 

OLHOS BRILHANTES

OLHOS BRILHANTES EU VEJO,

SEGUIR- ME A NOITE NA ESCURIDÃO.

SINTO O MEDO INVADIR MINHA MENTE.

SUAR MINHAS MÃOS.

ESCUTO O PALPITAR DO MEU CORAÇÃO.

 

MINHAS PERNAS RECUSAM-SE A IR.

MEUS PÉS DE TEIMOSOS!

ESTÃO PREGADOS NO CHÃO.

 

OLHOS BRILHANTES ESTÁ PERTO!

O LUGAR É DESERTO.

MESMO ASSIM O MEU SER ,

RECUSA-SE A FUGIR.

 

ENTÃO QUANDO CHEGA ATÉ A MIM

EU DESATO A SORRIR.

ESTE MEU SER TÃO COVARDE.

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