Prosa Poética

MENINA

LA IA A MENINA FELIZ.

COM UM BALDE A ANDAR 

NA CALÇADA,

FELIZ A MENINA IA,

ALHEIA EM VER, 

QUE A CALÇADA MOLHAVA.

A MÃE A OLHAR A MENINA!

RALHOU PRA VER SE A MESMA 

PARAVA.

QUE NADA! FELIZ A MENINA IA,

NÃO PRESTANDO ATENÇÃO

EM NADA.

MAS COMO TUDO QUE É BOM

DURA POUCO !

A MENINA CAIU NA CALÇADA.

CHORANDO FICA LÁ A MENINA,

OLHANDO A ÁGUA QUE ESCOAVA.

SUAS LÁGRIMAS SE MISTURAVAM.

A MÃE CORRE AMPARAR A MENINA.

POR QUE AMOR DE MÃE É SAGRADO.

Se fui feliz

SE UM DIA FUI FELIZ ?

HUM... DIGO QUE NÃO.

MUITOS IRÃO DISCORDAR,

DE EGOÍSTA IRÃO ME CHAMAR.

E EU RESPONDEREI ENTÃO.

SE UM DIA FUI FELIZ ? 

TALVEZ SIM, MAS FOI ASSIM.

COMO O VERÃO.

EM MINHA TERRA ELE VEM, E VAI TÃO RÁPIDO.

E QUANDO VAI, JÁ DEIXA O INVERNO EM SEU LUGAR,

PRA MACHUCAR .

MAL DE AMOR

ENCONTRO-ME AQUI.

ENLOUQUECIDA, ME VEJO.

TOMEI UM VENENO, DE SABOR AMARGO!

BEBI, DE SEUS LÁBIOS QUENTES.

EM CÁLICE TRANSPARENTE!

TENTEI DESVENDAR SEU MISTÉRIO, E CAI.

CAINDO, ACORDEI PRA VIDA.

SÓ NÃO CICATRIZOU A FERIDA.

DO MEU MAL DE AMOR. 

menino

MENINO, TE VI AI  PERDIDO!

NA PORTA  DE UMA LOJA, ESTAVA.

DOENTE, FAMINTO, VOCÊ SE ENCONTRAVA.

MENINO!

SENTI TANTA DOR, EM TE VER ASSIM!

SEU ROSTO FEBRIL.

TOSSIA, ESPIRRAVA.

DOEU, QUANDO VI,  QUE UM MALVADO GUARDA!

DALI O EXPULSAVA. 

DE ONDE EU ESTAVA ,VI  VOCÊ SAIR.

COM JEITO, DE QUEM  AGUENTAVA. 

CAMINHEI.

E MEUS PASSOS TÃO PESADOS IAM.

EU NÃO QUERIA, TE-LO ALI DEIXADO!

MAS FUI.

ANDEI...ANDEI...VOLTEI.

POIS QUERIA VER, SE AINDA ALI ESTAVA.

NÃO SUPORTAVA !

Vida de poeta

 VIDA DE POETA

E assim, nasce o poeta!

Gritando, chorando!

Ao sair das entranhas, de sua mãe.

Como se a gritar para o mundo.

sua  chegada!

Já prevista em um lugar!

Por algum profeta.                              

  __Nasceu o poeta!                                   

RELIGIÃO É ASSIM

                                       RELIGIÃO É ASSIM
 
 
TEM MUITA GENTE QUE DIZ :                                                      
QUE DEUSES, EXISTEM SIM!                                        
PRA ALGUMAS, DIGO QUE NÃO.                            
NÃO BRIGO, NEM FALO MUITO!
PRA NÃO PERDER A RAZÃO.                                          
MAS SEI QUE POR AI A FORA!
SE MATA POR RELIGIÃO.                                                                

Marumbi

De todas as belezas que vejo, aqui mesmo em minha terra!

O que mais encanta meus olhos, é a descida da serra.

Numa estrada tão graciosa, que este nome levou,

com curvas serpenteantes,rios, cachoeiras, natureza exuberante.

Lá é morada de ti! Meu desejo contagiante. Fico cá em baixo a namorar, pensando.

Que nunca estás como antes. Pois cada vez que o vejo se mostra mais radiante.

A despontar na floresta me faz um convite desafiante.

De sua parede escalar, como faz seu visitante.

E eu cá embaixo a te olhar, cada vez mais apaixonada

EU

MOSTRO-ME AQUI, ASSIM.

UM NADA NO MUNDO!

MAS MEU SENTIMENTO, É PROFUNDO.

EM RALAÇÃO AO QUE VIVO, QUE SINTO.

DOU UM POUQUINHO DE MIM PRA VOCÊS,

MAS DE VOCÊS QUERO TUDO!

SOU EGOÍSTA EU SEI.

MAS ISTO, NÃO IMPORTA MUITO.

PERTO DE VOCÊS  SINTO-ME NADA.

PORÉM, SEI QUE SOU TUDO!

QUANDO ESTOU AQUI.

NADA ME FALTA!

TENHO O MUNDO.

PRECISO DIZER ALGO MAIS?

SIM. AINDA NÃO DISSE TUDO.

E SE AINDA QUISEREM SABER MAIS!

FAÇAM COMO EU,

COLHAM DE MIM COMO FAÇO.

SEU VICIO, MEU DESESPERO

OLHO O RELÓGIO.

JÁ VAI SOAR MEIO DIA.

PENSO.

SERÁ QUE ELA VAI VIR HOJE?

A MOÇA DE LONGOS, CABELOS NEGROS.

ONTEM SEUS OLHOS, TINHAM EXPRESSÃO

DE DESESPERO E DOR.

 VÍCIO MALDITO!  

EMBALA  SONHOS, DE JOVENS ADOLECENTES!

NUM PESADELO CONSTANTE.

TEMPOS ATRÁZ EU A VI!

BRINCAVA COM SUA BONECA.

AQUI MESMO NESTAS RUAS!

SUA MÃE, A CHAMAVA DE MEU BEM.

COMO GOSTARIA EU, DE PODER AJUDÁ-LA!

DE OUTRA FORMA.

NÃO ESTA!

PORÉM, SOU O ÚNICO ELO QUE EXISTE,

ENTRE O MUNDO REAL.

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