Prosa Poética

EU

MOSTRO-ME AQUI, ASSIM.

UM NADA NO MUNDO!

MAS MEU SENTIMENTO, É PROFUNDO.

EM RALAÇÃO AO QUE VIVO, QUE SINTO.

DOU UM POUQUINHO DE MIM PRA VOCÊS,

MAS DE VOCÊS QUERO TUDO!

SOU EGOÍSTA EU SEI.

MAS ISTO, NÃO IMPORTA MUITO.

PERTO DE VOCÊS  SINTO-ME NADA.

PORÉM, SEI QUE SOU TUDO!

QUANDO ESTOU AQUI.

NADA ME FALTA!

TENHO O MUNDO.

PRECISO DIZER ALGO MAIS?

SIM. AINDA NÃO DISSE TUDO.

E SE AINDA QUISEREM SABER MAIS!

FAÇAM COMO EU,

COLHAM DE MIM COMO FAÇO.

SEU VICIO, MEU DESESPERO

OLHO O RELÓGIO.

JÁ VAI SOAR MEIO DIA.

PENSO.

SERÁ QUE ELA VAI VIR HOJE?

A MOÇA DE LONGOS, CABELOS NEGROS.

ONTEM SEUS OLHOS, TINHAM EXPRESSÃO

DE DESESPERO E DOR.

 VÍCIO MALDITO!  

EMBALA  SONHOS, DE JOVENS ADOLECENTES!

NUM PESADELO CONSTANTE.

TEMPOS ATRÁZ EU A VI!

BRINCAVA COM SUA BONECA.

AQUI MESMO NESTAS RUAS!

SUA MÃE, A CHAMAVA DE MEU BEM.

COMO GOSTARIA EU, DE PODER AJUDÁ-LA!

DE OUTRA FORMA.

NÃO ESTA!

PORÉM, SOU O ÚNICO ELO QUE EXISTE,

ENTRE O MUNDO REAL.

A MORTE CHEGANDO ( EM RELAÇÃO AOS QUE AGONIZARAM NA SÍRIA)

DE ONDE ESTOU POSSO VER.

UM FIO DE  LUZ SE APAGANDO.

AINDA SINTO O ULTIMO SOPRAR,

DO VENTO EM MEU ROSTO.

E EU AQUI NESTE CHÃO.

SEM ENTENDER A RAZÃO.

NA CALÇADA VEJO MAIS CORPOS,

AGONIZANDO NO CHÃO!

E ENTÃO PENSO.

QUE FIZ EU?

QUE FIZEMOS NÓS?

ÁH!

QUE PREÇO, NOSSA ALMA PAGA?

GANÃNCIA?

PODER SEM LIMITES?

EM QUE, A HUMANIDADE CAMINHA?

NÃO TEMOS MAIS SEGURANÇA.

NEM DENTRO, DOS PRÓPIOS MUROS!

QUE FAZEM POR TRÁZ DE NÓS?

ENQUANTO VIVEMOS SÓS?

AO POVO DA SÍRIA (ESTAMOS EM PERIGO)

QUE ESTRANHO!

COM PROGRESSO CHEGANDO,

TEM GENTE AINDA IDEIANDO.

O QUE FAZER PRA SEGUIR,

EM FRENTE SEMPRE MATANDO!

 

EM CASA QUANDO O VERÃO

COM ALEGRIA VAI CHEGANDO!

EU AQUI, JÁ VOU COMPRANDO.

VENENO PRA MATAR PERNILONGO.

 

POR QUE, GOM GOSTO OS BICHINHOS!

ADORAM!

IR  ME ME PICANDO.

 

E USO SPRAY COM VONTADE!

E OS BICHINHOS...

NO CHÃO VÃO TOMBANDO!

AOS POUCOS AGONIZANDO.

 

HOJE ASSISTO NA TV!

O GOVERNO, DE UM PAÍS USANDO.

ANDARILHA

NUMA MANHÃ DE INVERNO, EU A VI.
ERA NEGRA, COMO A NOITE SEM LUAR!
VESTIA-SE... SEI LÁ!
ESTRANHA DIRIA EU!
NÃO TIRAVA SEUS OLHOS DE MIM.
E ALI, NO MOVIMENTO INTENSO DA VIA!
SÓ EXISTÍAMOS NÓS.
EU DE UM LADO DA RUA ,
E A NEGRA CRIATURA DO OUTRO!
VIA-SE QUE DORMIRA POR ALI MESMO.
QUEM SABE NA CALÇADA !
OU SEI LÁ !
TINHA POR CIMA DE SUAS VESTES,
COBERTA VERMELHA COMO SANGUE!
MUITO LIMPA.

Maravilha ser poeta

POR QUE POESIA É ASSIM.

TRADUZ ESTA PAZ EM MIM!

SERÁ QUE NASCI POETA?

OU HÁ ALMA DE POETA AQUI?

POIS DENTRO DE MEUS DEVANEIOS.

OS VERSOS NASCEM LIGEIROS.

COMO SE JÁ ESTIVESSEM ALI!

DAI TUDO SE TRANSFORMA.

E O QUE ERA PRA IR EMBORA,

E NUNCA MAIS SER LEMBRADO...

DANÇA, AQUI NO TECLADO.

MOSTRANDO QUE O SEU BAILADO!

É MARAVILHA SEM FIM.

Minha Terra

         MINHA TERRA

SÃO TANTAS LEMBRANÇAS QUE TRAGO

GUARDADAS AQUI NA MEMÓRIA.

DE UM TEMPO QUE NÃO VOLTA MAIS.

ANOS E ANOS DE HISTÓRIA, BATALHAS

LUTAS E GLÓRIAS, NA TERRA DE MEUS ANCESTRAIS.

 

OS LAMENTOS FORAM TRISTES, 

PORÉM JOGADO NO TEMPO,

FICARAM EM NOSSAS LEMBRANÇAS

PRA NÃO ESQUECER JAMAIS.

 

SÃO COMO VINHO DE CORES

DE DELICIOSOS SABORES,

QUE INEBRIA, EMBRIAGA 

COM GOSTO DE QUERO MAIS .

 

PINHAIS, PINHÃO, PINHEIRO!

PRIMEIRO AMOR VERDADEIRO

Já é hora michê

´

Quando abriu os olhos estranhou o branco da parede em frente. Tentou coçar a vista com a mão esquerda, mas viu que estava preso à lateral da cama. Tentou com a direita e o resultado foi idêntico. A ideia de que a mosca que zumbia no ambiente viesse assentar em seu nariz o apavorou, pois sabia que estava indefeso ante a ameaça varejeira e a dor aguda que sentiu no lado esquerdo da nuca só agravou o mal estar e o terror que dele se apossava. 

 

BEIJA - FLOR

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Uma flor nasceu e foi regada com muito amor.

- Teve carinho e assim desabrochou.

- E eu passarinho, não voava muito bem, não tinha noção entre o mal e o bem!

- Eu queria cantar mas não tinha inspiração, pra mim!

Foi  quando eu avistei lá de longe um belo jardim!

E um casal de adolecente, era o primeiro namoro, era só alegria...Não existia choro!

Abraços apertados e no beijo refletia o amor e quando me nomearam disseram: O nome dele é,  Beija - Flor.

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