Fim de Tarde
Autor: Paulo Penedo on Friday, 24 May 2019Fim de Tarde
Sinto-me pesado … carregado de nada, do vazio das ausências
Sinto-me distante, do corpo que me prende
Sinto-me ausente, do tempo e do espaço
Prosa Poética
Lá vai a rosa de negro...
Autor: Frederico De Castro on Thursday, 23 May 2019
Lá vai a rosa de negro vestida, tão desacreditada
Farta e excessivamente licitada qual estéril
Lamento alinhavado num eco sempre decapitado
Lá vai a rosa de negro, de negro pintada
De negro a noite mais negra açoitada
Por onde entra a luz
Autor: Frederico De Castro on Wednesday, 22 May 2019
Restos de escuridão poluem a noite
Emparedada numa sintaxe de lamentos
Cada vez mais degradados, mais intimidados
Numa ressaca as palavras bem fecundadas
Embebedam-se tantos lirismos tontos, secundados
Aqui jaz...
Autor: Frederico De Castro on Monday, 20 May 2019
Aqui jaz
a noite moribunda
ecoa abatida junto àquele pedregoso
silêncio onde de imediato mergulho
minh’alma transbordando ondas
lúcidas de mim
convertidas em marés, vagas
Momento de liberdade
Autor: Frederico De Castro on Friday, 17 May 2019
Resta em cada luar uma luminescência
Altiva que crepita especulativa…tão primitiva
Alimenta a fonética de tantas palavras à deriva
Abandonadas no parapeito deste silêncio cativo
Silêncio periclitante
Autor: Frederico De Castro on Thursday, 16 May 2019
Mora neste espaço a escuridão boiando num
Mar de maresias tão quietas que depois se
Desfragmentam qual silêncio subtil e expectante
Velo a solidão presa num arame farpado onde
Se escondem túrgidos lamentos exultantes
Água nas Mãos
Autor: Rhodys de Rodri... on Monday, 13 May 2019“Há alguém de preto no seu quarto”
Ela me avisou quando exaurido estava
Das batalhas que tive e não me lembrava.
O sorriso dela era um sinal
“Recobre suas esperanças, irá precisar delas ao entrar”
Os lábios em silêncio avisavam ao se arquearem.
A porta entreaberta não era uma violação
Do lugar vazio, morada do meu corpo noturno
O Cheiro que vem de Você
Autor: Coletivo on Sunday, 12 May 2019Eu quero muito mais do que está escrito,
Te quero pelo sabor,
Olfato,
Pensamento,
Sentimento,
Tato,
Espinha,
Caminhar,
Existir.
Te quero não pelo que dizem,
Mas porque eu preciso de ti.
No leito da noite
Autor: Frederico De Castro on Sunday, 12 May 2019
No altar do tempo reúnem-se orações arbitrárias
Esquadrinham a fé que confiante e profética
Instila na alma toda a esperança ainda mais poética
No leito da noite dormitam luminescências tão estéticas,
Onde o tempo desaparece
Autor: Frederico De Castro on Wednesday, 8 May 2019
Sob escolta o poente beberica um drink
De solidão até desaguar num blasfemo
Silêncio algemado a este lamento supremo
Guardei na algibeira da solidão tantas memórias
Inimagináveis, sinónimo que as lembranças, essas
