Prosa Poética

Acaso

Chegaste suavemente e como que por acaso

Foste ficando, umas vezes perto, outras nem tanto

As ausências começaram a parecer longas

E as presenças começaram a parecer curtas

E via o teu olhar sem estares

E ouvia o teu sorriso quando fechava os olhos

Sentia o teu cheiro quando respirava

Até que eras em mim, presença inteira

E ficaste por fim

Por mim e por ti, por nós

Porque teria que ser assim

Sem fim…

Ou que por fim, outro acaso nos afaste.

Pages