Acaso
Autor: Paulo Penedo on Tuesday, 2 January 2018Chegaste suavemente e como que por acaso
Foste ficando, umas vezes perto, outras nem tanto
As ausências começaram a parecer longas
E as presenças começaram a parecer curtas
E via o teu olhar sem estares
E ouvia o teu sorriso quando fechava os olhos
Sentia o teu cheiro quando respirava
Até que eras em mim, presença inteira
E ficaste por fim
Por mim e por ti, por nós
Porque teria que ser assim
Sem fim…
Ou que por fim, outro acaso nos afaste.