Tantos dias...
Autor: Frederico De Castro on Tuesday, 28 June 2016
Percorri tantos dias
esqueci-me de acertar
o tempo vagando
ontem, hoje ou amanhã
Prosa Poética
Flutuando
Autor: Frederico De Castro on Saturday, 25 June 2016
Fechei-me no teu semblante
Despi-me das palavras flutuantes
adocicando todos os beijos aromatizantes
transpirando brejeiros em cada pensamento
WI-FI
Autor: Frederico De Castro on Wednesday, 22 June 2016
Nem sei se te descortino ali
juntinho a um abreviado adeus
quando conectei o wireless num ponto
qualquer no modem dos teus desejos
utilizando o bluetooth dos nossos afagos
alimentando a osmose desta interface
Degrau a degrau
Autor: Frederico De Castro on Sunday, 19 June 2016
Fossem meus olhos bordar a luz nos imensos céus
onde pairam os silêncios teus e então trocaria
de vez o sentido impaciente com que descrevo
nossa entrega sem indiferenças nem contemplações
Ah como eu queria...
Autor: Frederico De Castro on Monday, 13 June 2016
Ah como eu queria
brindar o sol com gomos
de luz passeando em debandada
pelos teus céus despertando
Nem de perto...nem de longe
Autor: Frederico De Castro on Friday, 10 June 2016
Foi daquele olhar que me despedi
imaginando-te aqui tão perto
encostada a um ramo de afetos
se despindo em fulgôres
Que me importa...
Autor: Frederico De Castro on Friday, 3 June 2016
Que me importa
alimentar esta peregrinação
da alma despindo-se
imigrando
pra junto dos meus silêncios
em oração agora me revigorando
Metamorfose da noite
Autor: Frederico De Castro on Thursday, 2 June 2016
De olhos arregalados rolou ladeira abaixo
a tristeza desencantada cerrando as pálpebras
à noite que chega deambulando desleixada
no tráfego desta vida em metamorfoses
de solidão se esgueirando esfomeada
REALIDADE
Autor: Lucineide Sampaio on Friday, 20 May 2016Realidade
Passo nas cidades mortas
Vejo fome, frio e solidão
Alguns fantasmas nas portas
kinder Lisboa
Autor: Lando Teixeira on Monday, 16 May 2016um dia eu vou
abrir Lisboa
e ver o que
tem dentro.
o Tejo vai escorrer
como um bombom
de licor e vou
finalmente
conseguir sentir
a solidão,
azul como o caralho,
salgar
a língua.
Lando Teixeira