Saudade
Amizade pintada de vermelho
Gotas De Orvalhos
Autor: Antonio Carlos Ramos on Friday, 17 November 2017Gotas de orvalhos
Do sereno que na noite caiu
Gotas de orvalhos, Gotas de orvalhos.
Apareceu quando o amanhã surgiu
Atrás do monte o sol começa aparecer
Nesta manha estou pensando em você
Você que foi o sol da minha vida
Foi minha estrela colorida
Foi minha razão de viver
Gotas de orvalhos, Gotas de orvalhos.
Do sereno que na noite caiu
Gotas de orvalhos, Gotas de orvalhos.
Apareceu quando o amanhã surgiu
Mas o tempo depressa passou
Um dia perdi o seu amor
Eu-menino e a Romã
Autor: André Claro on Wednesday, 1 November 2017
Na casa pra alugar tem um pé de romã,
Ou uma romãzeira, como bem queiram,
— carregada e nenhuma apanhada.
Fico entre pular o murinho de nada,
Ou acabar de caminhar pro ginásio.
Aula, professor chato ou uma romã?
Ontem à noite eu já ficara de castigo
Por ter esmagado o dedo mindinho
No meu veloz carrinho de rolimã.
Pensando bem, hoje não tem prova,
E aquele professor é muito prosa.
O que mais vale, uma romã roubada,
Que com certeza será a minha glória,
Ou ir, esperar o recreio e jogar bola?
Decidi chegar atrasado e com a romã,Ranchinho De Sapé
Autor: Antonio Carlos Ramos on Saturday, 28 October 2017Tapera velha ranchinho Lá do sertão
Que toca o meu coração
Quando me lembro de que por La eu vivi
Hoje a saudade me devora
Não sei por que deixei tudo e fui embora
Hoje já não sou feliz vivendo aqui
Tapera velha ranchinho Lá do sertão
Aonde vivi com meus pais e meus irmãos
Deixei tudo e vim morar na cidade
Trabalhava duro enfrentando o sol quente
Tudo ficou guardado na minha mente
Hoje o que restou foi somente a saudade
Pela manhã levantava bem cedinho
Havia orvalho pelo caminho
Choro de Saudade
Autor: Paulo Fernandes on Monday, 16 October 2017Saudade
Autor: Maria Helena Co... on Thursday, 12 October 2017Ainda não a entendi bem
Não sei o que descreve
Nem aquilo que quer dizer
Apenas que a sinto,
Talvez no coração ou fora dele
Ou talvez em lugar nenhum
Mas certamente na ausência
Das memórias coloridas da minha infância,
Da brisa leve e refrescante que toca o meu rosto,
Do silêncio taciturno que ronda a minha alma,
Do luar melancólico e exuberante que transborda do céu,
Dos suaves e crepitantes sons das cordas de um violino,
Recordações
Autor: Maria Helena Co... on Wednesday, 11 October 2017Levantei-me suavemente,
Quase sem dar por mim iniciei a minha jornada
Com os pés assentes na terra e o olhar pregado no céu
Caminhei sentindo a brisa por entre os meus cabelos
E os raios de sol a beijarem a minha pele
Olhei de novo à minha volta
E vi a vida a florir
Ouvi o riso das crianças
As lamentações dos perdidos nas encruzilhadas
E até as saudações dos altivos,
Senti a nostalgia no rosto carcomido dos velhinhos
A fragrância perfumada das folhas de Outono
Apenas palavras soltas
Autor: Maria Helena Co... on Wednesday, 11 October 2017Palavras soltas
Ideias loucas, vãs e carregadas de memórias
Memórias de tempos já idos e jamais reencontrados
Olhando serenamente, sentindo-me cristalizar
No quadro ceifado pelas mãos da minha filha
Revejo o olhar cansado e amargo
Do tempo em mim nunca perdido.
Noite molhada,
Céu ensombrado de tempestade e revolto em águas mil
Noite apenas sentida e não vivida
Peço-te a benção, Terra Mãe
Neste Natal esquecido nas brumas da memória
E vivido eternamente pelo meu ser
Afago
Autor: Maria Helena Co... on Sunday, 8 October 2017Apenas afago
Ternuras abraçadas no teu olhar
Pensamento que fugaz foge no seu etéreo caminho
Carícias perdidas no tempo por passar
Na ponta dos meus dedos percorre imensa a saudade
Memórias transparentes de sonhos por viver
E jamais apagados na bruma da noite
O teu olhar transbordante de vida e cor em mim pousou
E o canto singelo do pássaro
Ecoou na minha alma de ninguém
Um raio de sol cintilante
Minha coragem de viver afagou
Tua amargura em mim pousou
Longínqua memória
Autor: Maria Helena Co... on Saturday, 7 October 2017Naquela distante esquina
Onde a morte encontra a vida,
Olhei o flagrante rosto de um velho
Mil rios sussurrantes salpicavam o seu olhar
Inebriante de cores infindas
As suas rugas exaltavam a dor
Que de mãos dadas comigo percorreram o caminho,
E na noite mais escura da minha alma
Abracei o mundo estendido no efémero sol
Que o meu sonho suavemente desenhou
Sentindo apenas o cristalino som que me preenche
