Soneto

HOLOGRAMA

Preciso usar se é mesmo que existe

A minha alma ainda mesmo vivo

Como se fosse um princípio ativo

Para curar esse meu lado triste

 

E dessa carne fraca onde habito

Desenho que teus olhos acham feio

Eu vou sair fantasma desse meio

E diante de ti me fazer bonito

 

Por não ser belo e nem ter dinheiro

Valores de um tempo sem sentimento

Serei capaz de armar essa trama

 

Mas se falhar, num ato derradeiro

Irei buscar, no aparelhamento

Falsa beleza em forma de holograma.  

 

Pessoa

Pessoas. Pessoas. Pessoas.

Estranhas. As suas entranhas. Pessoas. Cubículo social em cada pessoa. Ninguém diz o que quer, ninguém soa ao quem soa.

 

Pessoas. Pessoa.

Sem asas a galinha não voa.

Se tem asas, porque não voa essa pessoa?

 

Porque não voam pessoas? Porque é que a minha pessoa não voa? Porque é que o soldadinho não prega na testa a lealdade que demonstra e apregoa?

Porque é que nos afastamos tanto da nossa pessoa? Porque é que tento ser algo que não sou? Outra pessoa?

 

Pessoas. Pessoas. Pessoas.

Poema S Martinho do Novinho

 

Ondas sinusoidais inspiradoras do

movimento de S Martinho do Novinho

 

O som do mar. A alma a lavar, com o seu levar. O ócio silenciar.

 

Dar arte para todo o fruto aproveitar.

 

A mim e a ti cortar o ar.

Um sorriso tão lindo tem de se aproveitar.

Das maleitas jovens, diversificar ao diferenciar.

 

Pela minha pontuar.

Novas experiências proporcionar,

 

Um sem vida vivenciar.

 

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