À VOLTA DA FOGUEIRA
Autor: Henricabilio on Monday, 16 December 2013Os pés molhados pedem lume forte.
Na fogueira nostálgica, memórias
Despertam para a vida, com vitórias,
Com derrotas e sempre alguma sorte.
Quando inverna e aperta o vento norte,
A chuva e o frio, abrem as oratórias...
À volta do "borralho", ouvem-se histórias
Que a palavra é feliz como consorte.
O lume é tantas vezes ternurento...
Dócil como mulher apaixonada,
Que não deixa que o seu fogo arrefeça.
À fogueira ninguém solta um lamento,
Mesmo quando vem “velha” desvairada
Pousando docemente na cabeça.