NA NOITE QUE VOCÊ NÃO VEIO
Autor: Vera Helena on Thursday, 14 November 2013NA NOITE QUE VOCÊ NÃO VEIO
Te esperei todo tempo em vão
Ansiedade e incerteza, meu açoite
Sem saber qual seria sua opção
.
Nas asas de uma paixão
Eu decidi um dia voar
Suspirei por beijos sem razão
E adormeci à beira do mar!
Roubei a chave da imaginação
Entrei no palácio encantado de um Anjo
Que me arrancou o coração
E me prendeu às correntes do desejo.
Subi as escadarias do sonho
Pra ver o mundo ao longe
Vi apenas um Deus dormindo no ninho...
Corri pela beira do rio da saudade
Até encontrar um moinho
Que transforma-se sonhos em realidade.
Porquê tanto esperamos o futuro
Se jamais ficaremos sem nós?!
Eis que triste presente fazem vós,
E de vós vem o mundo inseguro.
Será que o amanhã trará um ar puro,
E o verde-colorido do vosso a sós?
Há quem diz: o futuro virá depois...
Digo Eu: hoje é o tão almejado futuro.
Como acreditais; há quem também,
Aguarda os dias que sorrirá o cruel,
Passado e o sedento presente seu.
Talvez a razão seja, de serem tão fiel,
Alguns; ao grandíloquo Deus do Céu,
Que Dádivas deu-me até ao meu além
PENSEI EM MIM NO PASSADO!
UMA BURRA SEM NOÇÃO.
AS VEZES AJO NO IMPULSO...
OUTRAS COM CORAÇÃO!
MAS COM O TEMPO PERCEBI.
QUE BURRA EU NÃO SOU NÃO!
FAÇO ME COMO QUERO...
IGUAL CAMALEÃO!
POSSO SER O QUE EU QUISER!
DEPENDE DA SITUAÇÃO!
OBSERVO O ADVERSÁRIO...
PRESTO LHE MUITA ATENÇÃO!
E USO AS SUAS ARMAS...
PRA VÊ-LO CAÍDO NO CHÃO.
ARLETE KLENS
Passa a vida num passo ligeiro
Amadurecem os frutos no limoeiro
O tempo é o tempo que se esvaíra
O sonho é o feitiço que em mim paira!
Adormece o dia... acorda a noite
Fadas e Anjos dançam com deleite
Acendem-se as velas ardentes do Amor
Ouvem-se gemidos de clamor
No labirinto do Ser rouba-se o alento
Sopram os ventos da imaginação:
Numa praia deserta Deuses invento...
Das ondas extasiantes nasce uma diva
No oceano espumoso do coração...
Onde a caravela da vida anda à deriva!
Deixei o vento da Serra,
As promessas e orações;
Dos amigos e da Terra
Nascem novas recordações…
Que o tempo tivera esquecido
Nos peitos, vozes e canções…
Só de mim, que tenha vencido,
Vontades saldadas nos corações;
Oh, Sol que te escondes no horizonte
Porque me chamas-te um dia Lua
E hoje me queres como ponte...
Não sabes que a água corre pela rua!?
Oh, Sol que o Universo iluminas
Porque pintas-te o céu de cinzento
Não vês que assim não me animas
Quando os sonhos leva-os o vento!?
Oh, Sol que pela neblina espreitas
Beija profundamente minha pele nua
Quando de meus olhos saem cascatas...
Oh, Sol que em minha alma penetras
Não vês que eu ainda sou Lua
E teu nome se reduz a três letras!