À Noite
Autor: S.L.Lima on Monday, 30 September 2013Que me venham as palavras porque as perdi!
Ninguém pode autenticar o que deve ser visto por ti próprio
Orvalhos que em prece consagram
As belezas da coroa que é lua radiante
Em todo furor,ó Noite brilhante
Comtodo amor que coração conduz
Da janela do meu quarto se estalam
Sons soturnos da madrugada casta
Não sei que brilho é este que se arrasta
Da catedral ao sino de luz.
Este mistério que se levanta e esfria
É como a brisa suave que desliza
Em meu verso de luz que espiritualiza
Cada símbolo de louvor que se cria
São como mádido e formosos soníferos
Que uma virgem em teu pranto derrama
Paletó de madeira
Cá estou eu agora, deitado dentro de uma caixa gélida e pálida, sem status, isso é um fato...
Ao meu redor amigos e parentes a chorar... Quantas lástimas... – Eu o amo tanto... Era o som que ressoava quanto eu estava entre eles...
Queria dizer-lhes algo, mas não posso, meu silêncio é como um vício que há tanto tempo desvio...
No âmago do momento até que tento pelo menos um intento que de tão lento se perdeu no vento...
60 DESABAFO
Desabafo do verbo desabafar, não suporto mas a vida, mas tenho que levar!
Levanto de madrugada, susto com gente correndo, outros gritando que estão morrendo... em que mundo estou vivendo?
Som alto à noite toda, não respeitam a lei do silêncio!
Chamar a polícia, não adianta... Eles querem que nós vamos juntos fazer o som parar! E depois que eles forem embora?
A minha cabeça vai rolar!
É melhor aqui escrevendo, querendo me desabafar!
Madalena Cordeiro
O Agente Secreto ( Fugindo do Inferno )