Surrealista

"Laços de fogo" - na agua..."

“LAÇOS DE FOGO”

 

 

Água na água

 

Atirava se uma corda

Solúvel de tempos em tempos

Para o meio

De todas as gotas do ar…

 

Antes de ser esperança

Um rosto de madrugada silenciosa

Envolvia todos aqueles

Que dormitavam

Na sonora e fatídica corrente

De seres petrificados no pecado…

 

O peito

No peito

E

Um toque sincero

De revalidar o que nunca ninguém

Escutou na jovialidade

" Nefasto e - "oblicuo

“Nefasto e – obliquo -”
Numa estaca de ferro, assim estava deitado o olhar vermelho de um deus com cravos e mantas de gritos a resvalar no silêncio de uma pintura surrealista e contemporânea!
No ventre, uma boca centrífuga e nada mais se poderia designar sem que chama-se; o “Orfeu” e se despissem as palavras nas catapultas da igualdade…
Pétalas de íris e a sombra do sol em sua raiz, quando a eternidade foi levada pelo assobio da serpente, e o povo queimou o manuscrito da nascença de todas as fêmeas, ainda que lindas; só ficaram; as bestas!

Na magia de um quarto

Entramos no quarto apagamos a luz,
do mundo estamos fartos ninguém nos seduz,
a vida não passa de breves momentos,
sentados no chão vivemos pensamentos.

Na magia de um quarto
ouvimos o mar
vivemos no universo
estamos a sonhar

Fechamos os olhos ouvimos chover,
ficamos em paz pois vamos renascer,
o silêncio é total o pensamento profundo,
no escuro é igual, mas diferente no mundo.

Na magia de um quarto
ouvimos o mar
vivemos no universo
estamos a sonhar

Realidade

As vezes apetece-nos sair de uma realidade
Que não desejamos
Mas ela está sempre ali a moer-nos
A arreliar-mos, a troçar de nós, impotentes.
Procuramos na ilusão a fuga
Mascaramos a realidade com um cara mais bonita
Mas quando olhamos bem, lá está ela com seu olhar vitorioso e feio
A dominar-nos, a subjugar-nos para olhar para ela como se não houvesse outra.
Baixamos a cabeça e prosseguimos à procura incessantemente que ela mude a sua face
E se torne mais bela.

Ao fundo - o real

Ao fundo – o real
Esbatida a veia da singularidade, um forte âmago de querer controlar a perversidade das flores e contudo nas esquinas dos edifícios; a surpresa do tudo e do nada, mesmo que com sete chaves do céu, um manto luminoso que dita cuidado; se mostre por fim e austero e castrador!
O culto da mulher envolto em pergaminho e num só punho fechado envolto em violetas e safiras; oferecido ao infinito e fim das solidões …

vermelho ao centro

Vermelho ao centro
A ponta dos dedos nas coisas em que se fazia o azul…
E o tempo do azul era primavera de escadas para o céu
Sem detrimento de outra cor ou agua para misturar no ar!
Uma centrifugação inversa de diálogo imaginário na casa vazia, era um pouco de negro de Outono a querer entrar na mistura.
Um peixe na mesa e ao lado um astrolábio coberto de pólen da manta da deusa da luz; era um pouco de inspiração que me vinha da floresta!
Um documento antigo em forma de pergaminho com chave mestra de sentimento nobre e muito profundo.

Mulher Pura

                                      Mulher Pura

Mulher pura,  vergem e santa cheia de luz.

Falando de Maria, Mãe de Jesus, essa mulher Santa trouxe ao mundo o salvador, que pisou a grande serpente, que enganou Adão e Eva e ainda engana muita gente.

   Lembrando da mulher com muito carinho, da mulher, branca negra ou morena, não esquecendo de lembrar também, de Maria Madalena.

Maria Madalena estava sendo arrastada, por homens dizendo ser religiosos!

Mas ignorantes e pecadores.

     Jesus escrevendo na areia, quando chegou nas garras dos homens:

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