Surrealista

O EXPRESSO DE RETIRO 5('PATACO-PATACO!')

Pataco-Pataco-café-com-pão-tic-tac-piuí...
Volta aos trilhos o trem de 'Ritiro'!
A volta 'do que nunca foi', volta e meia seguindo por uma linha reta e imaginária,
'linha de contorno', seguindo a risca, 'arrisca', mas só petisca um pão, manteiga não! 

35 DROMEDÁRIOS

Eu tenho dromedários...!
Pra cruzar um Nilo, Delta Mississip em chamas...!
Quem me chama...?! Uma abelha...?! 
Zum zum de paixão-centelha... me diz que me amas!
Um canal, uma duna, um oásis de água e sal... biscoito de ambulante que legal! 
É o amor que me 'chegas' com esse sol! 

MESMO DAQUILO

 

 

 

técnica de não muita alquimia?

lógica do vazio

ou não

se não se sabe ainda

-say goodbye!

ao que será...

se apêndices ou membros

de sua reprodução

contrariando-se um ao outro

por púrpura indefinição

tecnologia?

hum! Ana...

-quem servirá o jantar?

 

 

 

 

 

 

 

ALTURAS DO HOMEM

 

 

 

são as mãos de pelúcia

as mesmas que degolam

os pássaros

e fartam os nômades

de terra vermelha

por isso

basta-nos espreitar o fôlego

dos viajantes

para ascender à impassível

bandeira oscilante

erguida sem censura

espargida nas alturas

do homem

com uma vontade férrea

de se anelar aos cisnes

e, afoita

desvencilhar-se das carícias

da estrela vespertina

que se distraiu

e foi dormir junto ao portão

de todas as partidas 

MERIDIANOS DISTANTES

 

 

 

sabemos o que nos releva

somos algas

que nos permeia

e funda nossos terrenos

na orla dos pés...

 

construímos alturas

na borda do chão

como andantes

que obedecem

os meridianos distantes

 

ignoramos a vocação diária

do alvorecer

mas deciframos a matéria

em sua irremediável

e séria aparência

 

O EXPRESSO DE RETIRO IV(ÚLTIMA PARADA)

As trompas magnéticas à sombra de um estandarte nebuloso...
A patrulha do amor e a locomotiva do Seu Eliezer; segue se quiser!
Criaturas cintilantes, místicas e míticas que rompam junto a aurora... 
rompam as pupilas sonolentas abrindo-se num entresonho!

O EXPRESSO DE RETIRO 3(ULTRAPASSANDO DOS LIMITES)

Passa um trem...
À caminho de um céu disposto, proposto, mar de almirante adiante, horizonte e além!
Brenhas de rotas imaginárias em altas horas binárias em seu sentido oposto e perdido!
Pegam retas curvilíneas que dão bem no meio do 'não sei onde'!

CESTO DE GATOS TRAVESSOS

 

 

 

que seja assim...

e me perdoem os pecados

e os percalços

dessa abrupta ousadia

que até à onça assusta

 

o azul é do céu

-do mar: ilhéus

e me comprazo em mim

como ladrilhos

preenchendo a pele dos répteis

 

sou do tempo

como uma gôndola é de Veneza

mas quer reze, quer pleiteie

não me ocorre outro amor

sortido como um cesto

de gatos travessos

 

 

SOL ENTRE NUVENS DE COMPUTADOR

Emana do ser alguns versos embaralhados, jogados guardados íntimos e ínfimos e átimos, átomos, atmosfera diante a grandiosidade de um mar de rosas, 
que possam cantar um mar de rosas lá fora junto com um dia claro sem gigogas plantas carnívoras ameaças mutantes brutamontes 
que devoram a mim e qualquer outros

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