ADEUS AO MUNDO
Autor: ALEXANDRE CAMPANHOLA on Sunday, 15 December 2013Mundo sombrio e breve de dores infindas,
Onde cantar não posso os meus vindoiros planos,
Deixa-me ser poeta em teus escuros vales...
Ter no peito a luz que se oculta dos humanos!
Farto sei que estou de buscar a mesma nota,
Falta-me nos lábios a tua melodia,
Que fôlego me dê nesta procura intensa
De algum portento achar nos escombros do dia.
O sol é um soberano que escravos nos torna,
Pérfido, de forma sanhuda vocifera!
Já a lua é uma mãe que sopra-nos o descanso,
Trazendo no olhar o afago da primavera.