UM CONTRASTE DO RISO
Autor: Valdemi Cavalca... on Thursday, 25 April 2013
Rias o teu riso demorado e forte.
Rias o teu riso demorado e forte.
Este foi o meu primeiro poema. Provavelmente, a pior fase da minha vida, que me lembre e quando surgiu este poema foi um grande desabafo da minha alma, escrito com o coração (ou parte do que restava dele). Este poema tem mais de 10 anos, mas, cada vez que o leio os sentimentos passam todos pelo meu coração, penso que mesmo que viva 100 anos nunca irá mudar....
Quanta tristeza me invade o coração
Quanta amargura azeda a minha alma
Quanta melancolia me ofusca a emoção
Quanta raiva me invade, em vez de calma!
Quanto silêncio de raiva ficou mudo
Por não ter palavras para dizer
Faltam vogais consoantes falta tudo
Que na garganta a dor, teima em conter!
Neste pranto, nesta angústia, nesta dor
Navego eu perdido em alto Mar
Nas vagas à deriva, e a seu sabor
Caí a noite na minha janela
Abrem-se as portas da fantasia
Espalha-se pelo ar o perfume da canela
E pelo chão espinhos em demasia
Acendem-se as velas da imaginação
Arrancam-se os cortinados da alma
Espreita-se por uma fresta do coração
Tempera-se o desejo com óleo de palma
Enfeita-se o céu na madrugada
Com estrelas de fogo de artificio
Dança-se nua na festa sagrada
E tudo volta ao início...
PALAVRA TRISTE
Saudade, palavra triste! Triste de doer!
Dói no corpo dói na alma, tomando todo o meu Ser!
Só com a sua presença, acaba o meu sofrer!
Autora: Madalena Cordeiro
Medo de ter medo, medo de guardar segredo, medo de cortar o dedo.
Medo de descobrir o segredo, medo de ir, medo de ficar, medo de ganhar,
medo de perder. Medo de se alegrar, e medo de entristecer.
Medo de tudo, até de amar! Medo também de não amar!
Medo de entristecer alguém, Medo de alguém me entristecer.
O medo é uma força ruim, atrapalha tudo!
Medo de casar e não dar certo, medo da solidão estar por perto!
Medo de amarrar a rede em lugar incerto.
Medo do navio nalfragar, medo do avião cair,
Porque é que é tudo tão negro,tudo sem piada,
Parece que já fiz de tudo,e afinal não fiz nada,
Parece que estou a andar no vazio,
E lembro-me disso sempre que choro ou riu.
Senão consigo chorar por quem me amou,
Será que aqui estou,
Sinto-me no meio da multidão,sozinho,
E isso consome-me devagarinho,
Será este o meu caminho,o meu karma,
Andar sempre no caminho do cano da arma,
Deus é grande,mas neste mundo maior é o dinheiro,
Eu vou pagar caro, para sair disto inteiro.