Há uma inocência guardada

no teu respirar

no coração pendurada

marcada com vagar

que se esconde negra e só

e com o passar dos anos vira pó.

 

Há uma crença

Infundada no material

Que nos rouba a presença

Festeja com o banal

E cresce só

Para que um dia vires pó.

 

Há saudade que não fica

De quem nos abandonou

Da raiva que se estica

Pela dor que nos marcou

E caminhas só

E o amor virou pó.

 

Há amor sozinho em ti

O Poeta

O Poeta
 

O poeta nunca desiste,
Porque mesmo por vezes triste,
Ele liberta em palavras
Como se fossem as suas armas.
Numa pura alegria das rimas
Com as quais animas
Ou com a emoção dos versos
Que vão aos sentimentos submersos
Da tristeza poética,
Que por vezes torna romântica
Num jogo simplesmente complexo
Que para alguns não tem nexo,
Mas para outros muito vale.
É esse o papel do poeta:
Lutar contra esse mal
De dizer que poesia nada vale,

Pages