A SANGUE FRIO

A SANGUE FRIO

Sangue frio, coração vazio,

Cidade calada, 

A ordem é o silêncio.

O bang bang à toda hora,

todo instante, morre um inocente,

junto ao culpado.

Soldados que morrem com farda brasileira,

Em guerras estrangeira.

Ai de de ti Haiti!!!

Os inocentes que restam, oremos por eles!

Leis que se afrouxaram,

A frieza corre solta, niguém liga pra mais nada,

Parece que é o fim.

"Aos que crerem em Jesus, não provarão a morte,

mas, passarão da morte para a vida".

Mulher

Mulher

O conceito de um poeta,

A  este Ser maravilhoso,

Abençoada pelo profeta,

Ela é um Ser amoroso.

Uma dama do Barsil,

Abençoada pelo profeta,

É um Ser varonil,

Com o conceito do poeta.

Sempre que a dama passar,

Ela ouvirá um fiu fiu,

É alguém a cortejar,

Uma dama do Barsil.

 

Madalena Cordeiro

 

 

Tempo sentido

Apenas tempo fugazmente correndo

 

Num momento sem tempo da morada da minha alma

 

Neste tempo sem sentir

 

Sente o momento que percorro levemente

E sem sentido e apenas sentindo

Me encontro neste etéreo tempo

Tão infindo por percorrer,

Apenas sentindo ter alma de poeta

Me encontro e revejo no teu olhar

Estonteantes sentidos percorrendo-me

E sempre buscando em encontrar-me

Longínqua memória

Naquela distante esquina

 

Onde a morte encontra a vida,

 

Olhei o flagrante rosto de um velho

 

Mil rios sussurrantes salpicavam o seu olhar

Inebriante de cores infindas

As suas rugas exaltavam a dor

Que de mãos dadas comigo percorreram o caminho,

E na noite mais escura da minha alma

Abracei o mundo estendido no efémero sol

Que o meu sonho suavemente desenhou

Sentindo apenas o cristalino som que me preenche

E o vento nada me disse

O sino tocou sons de embalar

Saudando a vida a amanhecer

A exuberância do esplendor da natureza

Em mim verdejou

E imaculadas visões dos seus frutos

Que me abençoam com a sua presença

Tornando-me assim terra e flor,

Chilreantes pássaros que na sua voz entoam

E abençoam o silêncio que em mim habita,

Nostálgicos mas esfusiantes chamamentos

Que a natureza mãe me ecoa,

E laços profundos perpetuam esta dor

Então perguntei ao vento

E o vento nada me disse,

Encontra-me

Apenas o presente momento e a história por contar

Apetecendo-me escrevê-la em verso

Fazer um poema que de tão imaculado

Que pintalgasse a minha vida de cor violeta flor,

E o negrume medo que em mim paira

Desvanece-se no horizonte luminoso de vida

Onde tocam os meus sonhos permanentes,

E de dor coloridos nas vísceras do meu ser

Desenhados e sublimes permanecem em procura

Somente do teu ser por celebrar

E em mim padece por não te encontrar

A lembrança do desconhecer o caminho,

Caminhos percorridos

Por entre agrestes pedras e dourados sóis

O meu rosto com traços de melancolia desenhado

No exuberante voo das andorinhas que anseio reviver,

Brota em mim uma ancestral vontade

De à terra regressar e com ela me envolver,

Fadas e elfos em mim suavemente pousaram

E mil demónios em turbilhão me perderam

E no infinito horizonte que o meu olhar abraça,

Revejo toda a eternidade que não encontro

No caminho que percorro e que em mim palpita

Ofuscando as minhas vísceras de cor de esperança

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