ENCONTRO COM O SILÊNCIO

Ouço o toque do clarim

É o galo que anuncia

Que vem chegando outro dia

Outra noite chega ao fim

Antes que o silêncio acabe

Volte o barulho ruim

Conto os segredos de mim

Que só o silêncio hoje sabe

 

Do universo somos centro

Sem passado e nem futuro

Ausente o sol, ainda escuro

Abro meus olhos pra dentro

E uma luz ainda mais clara

Que o astro rei nessa hora

Manda a escuridão embora

E em silêncio o tempo pára

 

No pensamento eu me vou

Infinit Haos

Estrelas mais antigas que o mundo dos homens ainda ardem antes de qualquer outra memória. Tempos ancestrais de loucura nos quais um ódio profano reinava avizinham-se uma vez mais, o desespero será enorme. O vazio tudo consumirá, nada restará. As cinzas do passado cobrirão este mundo uma vez mais, o sonho ancestral. Mórbido corpo celestial, portador do Caos Infinito, aquele que cria e destrói.

Chuva de cristal

Desfaz-se a madrugada em prantos amaldiçoando
As trevas proverbiais alimentando a lamparina de
Cada lamento enferrujado marinando no convés
Da solidão tão peregrina
 
Cai uma chuva miudinha em gotas de cristal
Colorindo a noite debruando o epílogo dos nossos
Desejos mais perspicuos ao estampar a aurora com
Soberbos beijos tão insaciáveis…cada vez mais inadiáveis
 
Na superfície de todos os horizontes eclipsam-se

Das Piores, A Pior

A dor furiosa,

A dor dormente,

A dor que morde,

A dor sem dentes,

A dor da morte,

A dor da parturiente,

A dor que explode,

A dor que mina,

A dor infame,

A dor decente,

A dor do velho,

A dor de novo,

A dor que te dói,

A dor do outro,

A dor que não passa,

A dor de quem fica,

A dor que não se vê,

A dor de quem sente,

A dor de quem chora,

A dor que sibila,

A dor de quem olha,

A dor cega que alucina,

A dor grave,

A dor aguda,

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