o cais sereno
Autor: António Tê Santos on Sunday, 10 September 2017as palavras que imaginei enquanto as falcatruas lustravam os sortilégios da quezilenta estrutura; o desempenho destro e vigoroso dessas palavras sobre os traumatismos.
as palavras que imaginei enquanto as falcatruas lustravam os sortilégios da quezilenta estrutura; o desempenho destro e vigoroso dessas palavras sobre os traumatismos.
Lá,
lá mesmo,
Nua
Se por falta de caminhos,
distâncias, palavras...
eu não merecer o sol poente
Que duro seria se meu poema tivesse apenas uma linha.
Nascemos, criação, apenas para enchermos o ego ou para sermos simples rima?
Nascemos para desassossego!
Criação?
Apenas num fôlego,
Para sermos afirmação!
Enchermos!
O verso fica simples:
Ego,
Ou própria estima?
Para uns no coração,
Sermos
Simples:
Rima!
Nascemos criação?
Apenas num desassossego!
Enchermos,
Num fôlego:
Sermos afirmação!
Simples:
Ego,
Ou estima?
Sermos coração,
Simples rima!
persigo o ritmo dum sonho espancado por olhares carrancudos.
a solidariedade serpenteia por entre os escombros daquilo que não pude conservar.
há humores que resfriam quando reforçam apreços desusados.
há uma moda intraduzível divulgada pelos produtores de mágoas.
as palavras dilatam-se num lugarejo de tonalidades abrangentes.