Brasa liberdade!

Brasa liberdade, inserida no anoitecer.

Chegas em esperança, libertas o viver.

Que realidade.

Brasa liberdade.

Assente em ousadias,

letras, poemas, poesias.

Que dizer, sem a este mundo pertencer.

 

Tenho de ser missão,

cumprir o aqui estar.

Até Deus o designar,

tenho de superar, esta estadia.

 

No perto me entrego há maresia,

areia ou ondular,

sempre nas dunas do mar.

Separar o bem do mal,

para a consciência não me pesar.

 

Tenho de ser amor,

bailarina de amor!

Bailado, no bailar.

Chegado no chegar,

entro sem pedir para entrar.

Que bailarina?

Que bailar?

Entra por favor,

essa arte continuada.

Baile!

Que bailarina abençoada.

Descompacta a pista,

alimenta o dançar.

 

Vida é viver,

acreditar e continuar,

a eterna dança do acreditar.

 

Amor no amor,

bailarina no dançar!

 

Verdade o caminho sincero destino.

O encontro com o destino,

tendo a verdade como caminho.

Forma o céu mais colorido,

sempre em tons de sorrir.

A verdade é verdade,

nascendo na sinceridade.

Ninguém pode matar a verdade,

impera eternamente.

Destrói a mentira, esmaga o cobarde.

Verdade é coragem.

De nos manter sempre verdade!

Fome a dor do mundo!

Não sou culpado de ter nascido,

menos pedi para nascer.

Sou infância, apenas quero viver,

ser criança, plena liberdade.

Com tempo, hora e comida,

água no simples beber!.

Apenas quero viver,

na verdade, de merecer.

 

Poder ser verdade no meu crescer,

Amor, carinho, sentir.

Todo em realidade sentimento|

Quero ser feliz.

Sem fome, pão para comer,

água para beber.

Teto para habitar, chamada casa no morar.

 

Sou criança, não pedi para nascer,

humanidade em malvadez,

Caminhante!

Caminhante de alma elevada,

inspiração encontrada.

Esta canção cantarolada,

aliviante, caminhante, caminhante.

 

Ruborizando no luar,

estrela adjacente,

é brilhar, amor presente.

Caminhante, caminhante,

Alma coração andante.

 

Principiando sem ferir,

que estranho viver,

o vencedor leva tudo.

O perdedor tudo tem de perder,

perto da água da ribeira.

A linha do comboio empoeirada.

 

Viagem sem partida,

partindo em perder.

O perdedor perde tudo,

FLOR tempo amor!

Flor, tempo sem volta,

essência, perfume.

Algures, emanando o decore,

percorrido em interior.

Florbela, bela-flor.

A poetiza de Deus, tempo e dor.

Florbela Espanca,

hoje em superação.

Digamos divindade,

construindo a poesia em totalidade.

Florbela, de nome dor,

exprimindo palavras em flor.

Florbela, amor, que hoje estejas em paz.

Contigo e Deus criador.

No que nos deixas-te, como legado escritura,

poesia, raiante e pura!

 

Dedicado a Florbela Espanca com amor.

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