a janela impúbere
Autor: António Tê Santos on Thursday, 25 May 2017o vitupério forçou a minha constituição: eram produtos da rudeza os boatos que eu aspirava; eram vexames que zurziam nas minhas inclinações.
o vitupério forçou a minha constituição: eram produtos da rudeza os boatos que eu aspirava; eram vexames que zurziam nas minhas inclinações.
A vida é um somatório de momentos, de instantes, não existe nenhum conversor de escalas que os quantifique, podem durar uma eternidade ou simplesmente nada, ultrapassando o tempo sem deixar rasto.
O pouco que é tanto,
Sentido em demasia.
Sobretudo,entretanto.
Por enquanto é poesia.
Poesia musical:
Eu Dó,
Tu Sol.
Esta raiva dentro de mim,
Não a descrevo de maneira alguma.
Só me sai poesia imunda.
Que nem rima, nem é nada.
É rotunda paralisada.
Poesia seria uma mensagem tua,
Jackpot era voltares para mim.
Perfeito era sermos nós,
Não apenas eu.
Sozinho a escrever sobre ti.
A imaginar-te.
É triste pensar sobre quem não pensa.
Que não pensa, nem repensa.
Nem dispensa, nem cozinha.
Nem nada.
Eu só,
Tão eu.
Só eu.
Tão só.
Aguardo paciente,
Antecipando o meu dia.
Aguardarei eternamente,
Ambicionando poesia.
Tanta espera que ao esperar,
Algo mais encontrei.
Nos teus olhos a brilhar,
O sorriso que deixei.