Arrepio-me
Autor: DiCello Poeta on Tuesday, 16 May 2017Sim, todas as vezes
sempre que em ti penso
lembro de ti
Sim, todas as vezes
sempre que em ti penso
lembro de ti
Pequeno é este conto
aquele que conto nas linhas
nas rimas dos meus versos
recupero os lúgubres afetos entoando cantigas que fortalecem os bailados de outrora sempre que a memória origina explanações imperecíveis.
Mulher, se valorize
não se exponha tanto na vitrine
aquilo que não está à venda
vivemos tempos de palavras cheias,
por vezes em dias sem qualquer linha,
mas graças à imaginação,
partimos grossas correias,
e a vida talvez se encaminha,
queira deus na nossa oração!
Saber que sou poesia
mas poucos conseguem ler
não se pode parar
ficar o vazio olhar,
é preciso continuar!
levantar outra voz e talvez cantar.
ficam os peitos cheios,
com versos de devaneios!
palavras de louvor,
em sentimentos de amor.
apesar de irrepreensível
lá foi devagarinho
tanto ainda tem para dar,
fica o feito incrível,
tanto burburinho,
e só teve de cantar
sem qualquer efeito visível,
ou outras vozes a atrapalhar!
o recheio dos meus desenganos está numa consciência que modificou os sentidos duma vida reprovada (os murmúrios que silencio contêm um desnorte que transporto até ao lugar etéreo onde me alento).