Ocas sensações
Autor: DiCello Poeta on Wednesday, 26 April 2017A tua boca anda oca
Ela sente falta da minha língua
Que deseja a tua mansidão nua
A tua boca anda oca
Ela sente falta da minha língua
Que deseja a tua mansidão nua
pim,pam,pum!
corria como louco
sem ninguém para me apanhar
catrapum!
ergui-me só um pouco,
nim, nã, num
dia a começar,
vim, vã, vum!
por agora, tampouco
mim, mam, mum
como vento a cantar,
não sou maluco,
talvez reslouco:
catrapum!
quis o destino quebrar-me,
voltar-me do aveso,
um reverso!
mas consegui desdobrar-me,
e soube ingressar num meu começo,
talvez um pouco transverso,
como que a equilibrar-me,
sentindo através de um breu espesso,
mas na mesma meu universo!
Viramos sempre que precisamos,
Onde e quando achamos,
Nesta vida ou no seu reverso,
Temos é de ter Vontade,
Agora e quando nos levantamos,
Desejando qualquer universo,
Escrito com Humanidade!
Precisamos de ter
Resoluções a seguir,
Objectivos a cumprir,
Caminhos para percorrer,
Uma vontade de viver,
Regras para transgredir,
Alma para sorrir!
longe refugiaram-se,
pensando até estarem escondidos,
mas então são descobertos,
nem para o agora prepararam-se,
já o estavam há tempos mais que medidos,
ficam então estes novos mundos abertos,
as gentes deslumbraram-se,
porquê tão comedidos?
que bom sermos tão espertos!
Penso em você
Noite e dia... madrugadas
Lembro do olhar
Aproveito o desleixo dum azar de quem é louco,
Vou me tornando como o Aleixo, um poeta do povo.
Sou poeta do pouco.
Poeta onde cada poema é dedicado ao sono.
Se tiver que viver assim,
Assim como tenho vivido.
Posso viver triste,
Mas diferente não teria sido.
Como posso eu viver,
Quando para viver é preciso razão.
E se a razão de eu sofrer,
Não quer ter conclusão.
Gostava tanto que soubesses,
O quanto gosto de ti.
Dizer-te que mereces,
A paciência é a última das virtudes.