Silêncio

O silêncio é a voz da alma

É a sensatez de estar calado

É voz do homem esculpido na pedra

É o vazio do nada

É o vício das palavras

É o som do vento

É o verde amarelo dos campos de arroz

É a grandeza do céu

É o movimento da cidade

É o que penso sem dizer

É ter-te nos meus braços

É a cadência do teu peito

Não voltar

 Um ponto final,

Ou uma vírgula?

Diário hábitual,

Numa vida tão rídicula.

 

Mais que o tempo, 

A razão de não querer.

Perder um momento,

Pelo medo de o ter.

 

Vejo um sábio iluminado,

Enquanto vivo na escuridão,

Peço-lhe emprestado,

Mas o sábio diz que não.

 

Diz que o sucesso,

É a sorte dos audazes.

Mas é no meu regresso,

Que me despeço, e faço as pazes.

 

Fecho os olhos, choro,

Inspiro finalmente.

Expiro, melhoro,

Vazio

 

              Ha um vazio dentro mim

              Dentro do peito que chega a doer

             Em desalento, um lamento

             Todo meu ser à percorrer

 

           Cantarolo uns versos

            No inverso da melodia

           Me invade, mas é verdade

          Permanece o vazio, todo dia

 

          Onde estás pássaro azul?

         Em que paragens foste voar

          Tanto quero o teu cantar

           Com macia plumagem azul

 

          Ao meu lado uma irmã

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