A LARGURA DO ÓCIO

a morte consiste num episódio que administra o crescimento emocional.

 

a contrastante realidade apalpando sempre as ilusões que a estimulam.

 

a deliberação de sair à procura dos eventos que constroem as querelas.

 

a mentira embaraça as comunicações para se nutrir aonde o chão é adverso.

 

as páginas mudam-se em lágrimas que ressumbram nas toalhinhas da consciência.

O mundo está perdido (parte VI)

Você não nasceu para sofrer
Não deixe seus sonhos se perderem
Não se dê a vida, viva ela.
Não se entregue as trevas
O mundo está em guerra
Tudo na miséria
Corpos jogados no chão
Ô povo sem paixão.
As ruas sem asfalto
Os colégios e hospitais caindo no chão
E quem tem razão?
Vivemos num mundo sujo, perdido
Mundo destruído
Pelo próprio ser de maior racionalidade que
Nele habita
O tal do ser humano que se
Auto desacredita.
O homem que evolui para pior
Sem piedade, sem dó

O NÚCLEO DA SOLIDÃO

o raciocínio foi categorizado com palavras que eu vomitei persistentemente.

 

os poemas enfeitados com escarpas resultam numa paisagem individual.

 

os coriscos capturam a minha atenção nos labirintos de choques indecorosos que vou destampando.

 

a verdade sobrepõe-se aos dislates que expandem o temporal pelo oceano da frivolidade.

 

rebentam as mãos dos fundadores de conflitos se agarram na enxada e laboram.

 

 

No espelho

No espelho

 

Aquele que você vê na frente do seu espelho pela manhã precisa convencer-se de que ele ainda é um ser humano, embora que lá fora haja tanta gente animalesca, e com as quais temos que lidar, você ainda é humano, portanto, haja como tal. Mas o importante é saber quem é você toda manhã, no espelho.

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