Enquanto Viver
Autor: Joana Trindade ... on Wednesday, 28 December 2016Enquanto viver
morrerei
todas as noites.
E ao levantar renascerei.
Enquanto viver
morrerei
todas as noites.
E ao levantar renascerei.
há devaneios acoplados a juízos pérfidos quando a turba revolve a terra adubada pelos criadores de utopias.
a água escorre dos meus dedos para o vale da repressão saltaricando de poça em poça até ao lugar donde avisto as ondas de choque da minha existência.
replico às agruras com delícias incontáveis ao exaltar a escritura sem que a multidão me disturbe na passagem dos anos febris da criatividade ou na inventariação das façanhas que adornam os meus desempenhos.
Seu próprio Fim.
Olhe quem deixa triste!Quem não o perdoa,
Quando sempre guarda mágoas.
Ouçam todos os clamores, que não se calam,
Sintam sonhos serem roubados no ar.
Quanto tempo você acha que há no ceú?
Onde existe a chave que pode libertar.
Quanto tempo você tem na terra?
O lugar onde pode desejar amar.
Olhe quem deixa triste! E que não pode chorar,
Pois, lágrimas se foram com quem os enganava,
a proeza em engastar os sofríveis ganhos franzindo as máculas nos meandros de festas pagãs: as folhas soltas que eu dilacerei, as salvaguardas duradouras por causa da vocação, a fantasia arrastando os hábitos que inculpam a credulidade.
Ninguém
Solidão, oh Solidão! Que arraza o meu coração,
Que abarca minha paixão, e a leva sem razão,
Me entrega ao meu vazio, sem nenhuma intenção,
Carrega um pouco contigo, rompendo minha união.
Solidão, sem solidão! Que contenta o coração,
Que arranca de um amor, um grito de paixão,
O silêncio é sádio, subtendendo a intenção,
Num momento de ação, que atrai uma reação.
Solidão, vem solidão! Que rejeita uma paixão,