Silêncios Indisciplinados

Este silêncio que se escuta entre sons é o que mais saudade carrega. Pedaço de nada que transporta tudo.  A distância. A frieza dos sentidos dispersos entre melodias nenhumas. Depois, numa profundidade tão próxima, vejo o teu rosto semi-transparente. As minhas mãos trespassam-no. Depois, o corpo inteiro. Todo o meu corpo a trespassar o teu rosto e a sobreviver no seio dele. São contornos que não começam nem acabam.

Produto Social

Produto Social

Como posso conceder razão? Mesmo não tendo essa razão.

Como ser reconhecido? Quando não reservo tempo para reconhecer.

Como gritar e lutar? Tendo a opressão como consumidora de nosso próprio produto.

Como ter liberdade? Quando somos presos por nossas necessidades.

 

Como posso ser perdoado? Sendo minhas mãos e olhos o próprio juiz e reú.

Como posso gritar? Mesmo possuindo uma forca social entrelaçado ao meu pescoço.

Como atenuar sua dor? Quando lagrimas em seu rosto revelam que ninguém quer  te amar.

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