Refrão para afiada canção

Cruzo uma beata noutro cigarro.

Um pouco farto da mentalidade associada ao charro.

Apetece-me o rachar o barro. O partir o prato.

Pintar toda a parede do edifício mais alto.

Dar o salto. O remar contra a maré. Bater o pé.

 

Abraçar um touro e gritar um muuuh acompanhado de pirete, para quem diz allez.

Gritar pelo Ronaldo, entender como ele o mundo vê.

Comprar um CD, desligar a comercial rádio, já cheira a chulé.

Allez, pró puto que veste diferente.

Allez, pró preto que se sente solitário.

Quem sou eu

De consciência limpa,
Sou um rapaz discreto
De palavras repleto.
Caminho e reparo,
Que nada sou.
Sei, que de alguém,
Sou sinal de quem já passou.
Pensamento do além,
Em mim, diversos
Alguém relembrou.
Ah! Confuso,
Não sei que mascara uso
Sou vazio com diversidades
Suporto a mente e mentalidades,
De quem sou e penso ser.
Quero ser eu!
Mas há quem já leu,
Que diz, quem sou eu!?

Nua

Rua brava mexe comigo,
O coração salta…
Está calor, e minha pele “engalinha”,
Meus poros ficam tesos.
Teu corpo baixinho, pele branquinha
Performance perfeita
Rabo coberto por farrapos apenas
Serena me rebentas.
Mudas em mim a moral.
O que eu penso não digo
Tem a ver contigo…
Não é nada nada de mal.
Em mim são 12h
Mastro alto em mares alheios…
É bom barco.
Navego em ti descobrindo seios
E tudo á volta sem rodeios,
Não há meios…
Por fim vejo bem de perto a lua,

Segredo

No livro da vida

A escrita é infinita

Com palavras bonitas

Mas as vezes, aflita

A letra escolhida

Se torna restrita

E fica escondida

Para não ser lida

E nem repartida

Para ser esquecida

Somente refletida

Para que não se repita

Que haja conquista

Nas coisas aprendidas

E achará a saida

 

Solange Pansieri

E Concluo

I

Meus olhos caem em ti

e escorregam na tua boca

fixo-me no teu olhar de rubi

e concluo, a vontade não é pouca.

II

Percorro todas as ruas

calçadas, travessas avenidas,

caminhadas infinitas,

e concluo, não há curvas como as tuas.

III

Sorris alegremente

e soltas o teu sensualismo,

não abuso nem reduzo

e concluo, dá-me uso.

IV

Mulher das pernas despidas

sonho acordado por meias medidas,

cálculos em papel de linho,

e concluo, não me deixes sozinho.

V

QUANDO OS NOSSOS OLHOS SE ENCONTRAM

Querida, quando nossos olhos se encontram,
Nossos lábios não se importam em dizer um simples olá!
Eles estão perdidos entre as delícias dos beijos;
E a fúria momentânea da luxúria,
Conectam-se a satisfazer os nossos desejos.
Então, nós nos amamos como se o amanhã não pudesse acontecer,
Amamo-nos como se o ontem nunca tivesse existido,
E como se não houvesse fadiga,
Amamo-nos até o amanhecer.
Até que nossos corpos extasiados venham adormecer,

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