Sem título

Brindemos às diferenças 
Aos polos positivos 
Aos polos negativos 
Às baterias dos carros 
Aos piscas contrários
Aos mínimos 
Aos máximos 
À electricidade 
E à sua felicidade
No vinho na agua 
Mas brindemos 
Pois é assim que se faz luz 

Berço

Refestela agora…que por aí anda um anjo, cujo nome é tempo, que fornece complacências e depois vigia.

Refestela que esse tipo ri-se, ri-se, deitado à sombra de quem faz maneios do sofrer alheio…

Refestela já, que esse um tem bojo farto, fundo mesmo, onde guarda seus feitos e, a quem de direito, há-de premiar.

Soneto dum Porto Sardinheiro

Soneto dum Porto sardinheiro 13 November 2011 at 20:37 Talvez seja o nosso cabelo atado, Por encima do oceano, Ou a travessia do seu coração, infinito. Ou maneira de na distancia continuar enlaçados, Talvez já não se possa fingir, Porque seu amor não engana, Ou é só que deixei de fugir Aos acoites do mar que me ama Antes viajava ao longe, E de longe, vi-a tão perto E a rota que me leva a ela Por terra inexplorada Onde rios azuis verto Até ás terras da minha amada. António Nogueira

Pessoa

Pessoas. Pessoas. Pessoas.

Estranhas. As suas entranhas. Pessoas. Cubículo social em cada pessoa. Ninguém diz o que quer, ninguém soa ao quem soa.

 

Pessoas. Pessoa.

Sem asas a galinha não voa.

Se tem asas, porque não voa essa pessoa?

 

Porque não voam pessoas? Porque é que a minha pessoa não voa? Porque é que o soldadinho não prega na testa a lealdade que demonstra e apregoa?

Porque é que nos afastamos tanto da nossa pessoa? Porque é que tento ser algo que não sou? Outra pessoa?

 

Pessoas. Pessoas. Pessoas.

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