Eu não sou só eu...
Autor: Joana Trindade ... on Wednesday, 26 October 2016Eu não sou só eu...
Eu não sou só eu...
É curioso observar a crescente evolução da consciência humana. Dou por mim muitas vezes a questionar e comparar o que fomos há milhoes de anos e o que somos hoje. Enquanto homens das cavernas, sendo que ainda hoje existem (estes últimos de um modo mais pejorativo), copulavam porque sentiam necessidade, desconhecendo o amor, e mesmo ''sem ele'', e ponho-o entre-aspas porque apesar de o desconhecerem, ele sempre existiu, fomos crescendo, evoluindo, herdando tudo o que os nossos antepassados nos deixaram. À medida que o tempo foi avançando, nós também acompanhamos esse avanço.
Ahhh a verdade.
o que é a verdade?
tenho dias,
tenho dias que penso
tenho dias que nao
tenho dias q existo
e outros tantos q desisto.
é entre o sim e o não,
é entre a luz e a sombra
é no acreditar e na descrença
q a minha consciencia habita.
não tenho certeza de nada
mas o absolutismo em q vivo
faz desta alma a unica certeza q carrego
Não digas que o dia é triste
porque o céu está cinzento
quando te esqueceste
de ver os tons avermelhados das folhas dançando ao sabor do vento!
Há sempre algo que nos encolhe a alma, que nos seca o coração. Aceitemos ou não isto, a verdade é q a sombra sempre fará parte até do ser mais iluminado. A carne - o recipiente da alma - matura, apodrece e morre. Aceitar isso nem sempre é facil, mas essencial.
Alimentar o sentimento de rejeição é dos piores cancros para a alma. Apodrece o espírito, alastra-se para o corpo e transforma-se em doença.
O tempo corre.
A neblina cristalina
faz a cronologia da vida andar em frente,
nós corremos atras dela,
sem saber onde nos leva
sem saber o que nos espera.
E assim aprendemos a construir o nosso caminho,
a crescer e sair do ninho
para onde voltaremos um dia.
Abre as asas e voa sem ressentimentos,
deixa para tras todos os teus medos
e vive a vida com folia!!
As palavras soltam-se
e soldam-se
viajam,
deambulam,
agrupam-se,
apegam-se
e apagam-se.
Eu desapego-me.
Existo exausta,
mais franca do que fraca.
Não conheço o descanso, pois meu pensamento não repousa...
Por vezes, meu pensamento me guia reflexivamente por entre o nevoeiro que assola a estrada.
Nevoeiro, de incoerências formado; de alheamentos; de fraquezas; de ambiguidades…Vou viajando com cuidado para não atropelar, nem ser atropelada...
Ininterrupta viajem onde me deparo com outros viajantes… Procuro os seus olhos, até onde o nevoeiro me permite e suspeito...