Cartografia da solidão

Volto contigo sonhando
 
a madrugada apetecível
 
esquadrinhando outras ilusões,
 
onde o resto destas palavras
 
serão apenas minhas incursões
 
pelos teus anseios desejosos
 
salientes em cada toque suave
 
daqueles olhares tão fogosos
 
e marginais
 
 
 Ensina-me de novo a viver
 
saboreando da vida como

Reflexão

Vou existindo em todas estas noites, todas tão iguais.
Todas tão merdosas. Enfim, queixo-me de dores que todos sentem.
Acredito que as sintam de maneira diferente.
Que não lhes doa tanto quanto a mim.
Mas neste pequeno espaço onde tudo me dói  intensamente a minha confusão é grande.
Dói me não sei o quê em dias tão tristes como a tristeza de saber quem me magoou.
Fodasse eu devo estar amaldiçoado. Vão existindo bruxas sem eu de facto acreditar nelas.

Mariana

Mariana andava

Andava pela rua

Mariana olhava

Olhinhos de lua

Mariana sorria

Linda e toda nua

Seus olhos viam o presente

Seus ouvidos, ouviam o passado

Era sempre sorridente e amava frango assado.

Oceanidade

(...)revelem-se todas as
 
porções de eternidade na posse dos tempos
 
Cantem-me todos os Divinos momentos
 
em hinos acalentando
 
ondas de oceanidade perfeita
 
...E decerto multiplicarei tuas praias longínquas
 
com marés de afagos sitiados
 
na fartura da tua graciosidade
 
onde não mais mora a tristeza
 
onde em canções mediterrânicas

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