Búzios, 06 de setembro de 2000.

Está triste a minha alma

Ela que sempre insiste em adoecer

Quando de amor se trata.

 

Com juras e mentiras

De falta de paz

E de excesso de palavras.

 

É terna e suave

Essa forma ingrata de amor

Que se esconde.

 

Se achar o caminho

É ter que sofrer e sentir dor

Não mais me atrevo.

 

Esgotam-se minhas energias

Só sobraram atritos

E não mais quero viver em ruínas.

 

Búzios, 06 de setembro de 2000.

Passou por mim um desconhecido

Sem eu perceber de mim tomou conta

Tirou toda a minha atenção

 

Não sei se foram os seus olhos

Brilhantes como verniz

Um castanho perolado, indecisos...

 

Cabelo cor da terra

Que escondem olhares perdidos

Disfarçados de menino

 

Poderia ser qualquer um, mas não é

Não sabe a tentação que é

O nome pra mim é o de menos, pois é.

 

Búzios, 06 de setembro de 2000.

Se o cheiro é sinal de verdade

Sinto a sua, pois o seu não sai

Não sai de mim, nem que eu tente.

 

Se ficar triste é lamentar

Lamento agora

Por longe de ti estar.

 

Não é a distância, é o medo

Ficar longe, te perder

Não aguentar o vazio.

 

É difícil tentar entender a perda

O que ainda não temos

Querer e não poder.

 

Imaginar e não compreender

Jogar por jogar

E perder novamente, por não entender o jogo.

 

 

Rio, 03 de abril de 1999.

Pensamentos meus...

Coisa essa que não consigo evitar

Coisas que voam da cabeça para alma

Que deixam meu coração confuso

Que fazem da alma um meio de transporte

Para que o amor consiga chegar até mim

Do jeito mais rápido possível

Que faz da minha razão uma bagunça

Invade meu corpo como um carrossel de sensações

Mexe na cicatriz que havia sarado

E a faz sangrar novamente com sua presença

Não quero enxergar seu nome no meu destino

Quero escrever minha própria história

Rio, 18 de junho de 1998.

Estar com você

É sentir a paz entrar de vez em mim

 É fechar os meus olhos

E sentir você sem tocar

É sentir-me segura enfim

Sempre quando estamos juntos

É ter lindos sonhos

Por estar apenas me sentindo feliz

E o meu motivo para sentir essa felicidade é você

É não ter que me defender

Mais de nenhum dos meus sentimentos

Não precisar escondê-los do mundo

É abrir de vez a porta do meu ser para o amor

É completar o vazio com sentimento puro

E me lembrar todos os dias

Rio, 21 de agosto de 1995.

Sentimentos são coisas que o tempo não apaga

Coisas que o coração não esquece

Segredos guardados no peito a sete chaves

Fragmentos que, com o passar do tempo, ficam mais fortes

Materializam-se e se tornam reais

Razão para ter esperança em viver

Experiências de amor, paixão, ternura

Sentimentos que tiram a razão do prumo

Momentos em que os impulsos são usados sem noção

Entrego-me à loucura, ao fetiche e dou beijo às cegas

Escondo-me em uma fantasia para não me mostrar

Rio, 12 de abril de 1995.

Olhe...

Sinta...

Tudo que tenho guardado para você

Quero te fazer esquecer o mundo

Ver o céu azul, a terra girar quando estiver comigo

Deixe fluir toda a sua imaginação

Deixe-me fazer você entrar no meu universo

Deixa eu te fazer sonhar em vermelho

Deixe eu te mostrar o quanto o mundo é grande

Que temos vários dentro de cada um de nós

O interessante é descobrir cada um deles no escuro

Deixa eu te fazer flutuar sem abrir os olhos

Quero que viaje nas curvas do meu corpo

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