Meu filho, se ficaste fiador do teu do próximo,

se estendeste a mão a um estranho,

se te ligaste com palavras dos teus lábios,

e ficaste preso pela tua própria linguagem,

procede assim, meu filho: livra-te a ti mesmo,

pois caíste nas mãos do teu próximo;

vai, apressa-te a importunar o teu próximo.

Não concedas sono aos teus olhos,

nem repouso ás tua pálpebras.

Salva-te como a gazela das mãos do caçador

e como o pássaro do laço do passarinheiro.

Me debrucei em livros
esperei que a empatia usada
fornecesse respostas
ao desdém praticado
fui além de farmácias
com seus antiácidos frenéticos
fui alem
de respostas vazias, utopias
consultei o livreto do livre arbítrio
mas, que raio tive
como resposta robusta
o bem vai e o mal vem
como tortura ao coração caridoso de mães
crianças e idosos
meu beijo ainda tem doce
não me provoque pra representar
em um mundo particular
mundo, não me esperem para participar

às vezes o pudor brota dos nossos ancestrais para repercutir ditados vetustos; para gerar uma bonança que nos faça omitir os desacatos onde participámos; que nos faça lamentar as nossas proezas fúteis.

Os meus parabéns pela reflexão !

Nunca confinados aos caminhos dos outros.

De minha autoria

Do livro do senhor 

Bíblia

-

Há pessoas a falar para serem odiadas,

e pessoas a odiar a quem diz as verdades.

Voto nas primeiras.

O cavalheiro, para além de dizer verdades, é correto.

Houveram várias tentativas para o silenciar.

Ao contrário de si, que para além de arrogante e ofensiva

gosta de atentar contra a dignidade de outrem.

No seu currículo, enaltece os galardões.

Bons préstimos lhe façam,

o que duvido.

" os que falam no nome Deus não deverão ter esse tipo de comportamento!"

Porque não se cita a si mesma ?

um vendaval sai pelas frestas da alma levando consigo os selos da hipocrisia; os enlaces pútridos que desprezam a honestidade; as atuações corrosivas que os dias vão produzindo; as virtudes balofas que se aperaltam nas pessoas.

CHAFARIZ

by   Fernando Antônio Fonseca

assim as não

                   faço dos fins

um banquete

                    de sílabas

e na ocasião

                    do sim

suprimo

                    todo suplício

do não

                    e esconjuro

toda negação

                    do sim

inscrevo as análises nos meus tratos para eliminar as agressões que sofri; para que a nefanda gente seja banida dos meus pensamentos; para que eu me apoie num farol de resistência; para que a miragem da fascinação sobreviva em mim.

já não pergunto pelos anos que dissipei nos itinerários da minha existência: agora fujo dos sermões exaustivos que consenti; agora recolho o juízo que estruturei; agora regurgito as minhas convicções poéticas.