SEM RUMO
Autor: lurde rebelo on Wednesday, 11 May 2016SEM RUMO
De olhos presos na noite
Deixando as minhas pegadas
Caminho sobre a terra nua
Neste chão íngreme e cansado
Vestida de nostalgias
Diante de um céu sem lua
Perdida nas asas de uma gaivota
Sem destino ou direcção
O tempo perdeu-se
Na memória martelam ecos do passado
No peito uma dor que me dilacera a alma
No brilho dos meus olhos desfocados
Em soluços entrecortados
Encostada à janela da solidão
Aprisionada a um cálice de dor