SEM RUMO

SEM RUMO

 

De olhos presos na noite

Deixando as minhas pegadas

Caminho sobre a terra nua

Neste chão íngreme e cansado

 

Vestida de nostalgias

Diante de um céu sem lua

Perdida nas asas de uma gaivota

Sem destino ou direcção

 

O tempo perdeu-se

Na memória martelam ecos do passado

No peito uma dor que me dilacera a alma

 

No brilho dos meus olhos desfocados

Em soluços entrecortados

Encostada à janela da solidão

Aprisionada a um cálice de dor

AMOR, NOITE E MADRUGADA

AMOR NOITE E MADRUGADA - Não esqueço as noites Não esqueço as madrugadas A diversão, a amizade, os afoites A after party, a viagem, as alvoradas Lembro-me da animação Lembro-me das memórias As pessoas a música a reflexão A procura o desejo as histórias Recordo as noites recordo as madrugadas As bebidas o fumo O melhor das conversas, o sumo Evoco a tua chegada E não lembro mais nada Deitaste abaixo a porta da minha alma E no mais intenso furor regressou também a calma 10-05-2016 In "Prosa Poética de um Romance Anunciado" de Mário Baptista

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