Um dia serei a Antártida

Quero dormir na Antártida
Esconder caimbras e assaduras
Tornando um apátrida
Em livros sem ranhuras
 
Não me movo, não prejudico
Escrevo sem ser profeta
Ouço a vida e calo o bico
Sem ter mensagem secreta
 
Não destruindo passo a criar
Está frio mas quero a Antártida
Para as lágrimas congelar
E aceitar-me sendo a sátira
 
Progresso torna-nos presos
Eu sou árvore e montanha

Tempos de Guerra

Sem motivo sou poeta, sempre tive visão correta, sente-te vivo nesta divisão que eu divido numa situação de merda, emancipação da caverna, através dum livro construtivo na dissipação da névoa, participação benévola, onde eu evito o erro que eu repito com manipulação discreta, isso é rejeição oposta a aceitação da voz com o discurso dos teus avós que um homem nunca foge em tempos de guerra.

 

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