Em nome do Pai

O caminho da janela se deitou em minha vida

E as flores deste chão cicatrizaram as feridas

Diz a hóstia, diz o dízimo, diz a virgem imaculada

Que se deita em sua cama, que te ama e não diz nada

 

As crianças quando dormem sentem medo do escuro

Como pesa a consciência noutros jogos do absurdo

Falam na obediência de um deus desconhecido

Que se conta nos salvar colocando-nos em perigo

Obrigado

Entre a luz e a escuridão
Só vejo névoa no meu caminho.
E com a névoa vem a saudade
Dos tempos em que não me sentia tão sozinho.

Esta é a cruel verdade
Estamos cá todos sós.
Mas no caminho para a felicidade
Esbarramos em alguém que gosta de nós.

Mas nem todos têm a sorte,
De encontrar alguém que os faça forte
E que os faça acreditar.

No pouco tempo que me resta,
Gostaria de agradecer ao mundo.
Pois apesar da solidão que vivo,
O melhor que de cá levo
Foi ter aprendido a amar.

Porteiro da noite

O porteiro da noite escancarou
 
o silêncio nascido na vagem
 
desta poesia
 
procurando um colo onde
 
pernoitar no semblante
 
predador de um beijo
 
que desperta alucinante
 
 
Foi benigna tão
 
farta excitação
 
quando destranquei a loucura
 
onde me embebedei de paixão
 

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