Inconsequentes!
Autor: DiCello Poeta on Friday, 22 January 2016
Sinceramente achei que desta vez fosse diferente.
Pensei que definitivamente não seria eu abandonado.
Considerei a possibilidade de só talvez eu conseguir ser feliz.
Ponderei por um momento sobre a veracidade da tua existência.
Refleti pelo quão rídiculo, completamente, e inteiramente rídiculo eu sou.
Encontraste o teu grande amor? Faz parte desta maldição que me arrasta pela lama.
Tudo e todos à minha volta exponencializam o seu brilho.
Enquanto que o meu, apenas serve de breve iluminação a quem passa por mim.
Acordei
Com o cérebro prenhe de ideias Agudas.
A garganta afónica,
Estava condicionada por uma Grave
Aglomeração de Palavras.
As mãos assoberbadas de Sílabas,
Seguravam a custo a caneta, Consoante
Os dedos exaltados iam semeando Vogais.
No afã
Dessa manhã,
Aparentemente Esdrúxula,
A minha cabeça teve mais
Um dos seus partos normais.
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24.03.2015, Henricabilio