Ecos em comunhão

Ver-te neste sonho iluminado
 
é sentir  a luz que reentra pela fresta
 
dos ecos quase impalpáveis
 
clareando aqueles dias originais
 
unindo-nos numa combustão
 
fraterna…quase Divinal
 
 
É a fome de minha’alma percorrendo
 
todas as artérias em coesão
 
rumo às alegrias que por lá
 
deixámos em comunhão
 

No teu jeito

Pelas estradas
 
deste velho mundo Ocidental
 
estou sujeito ao que sou
 
e desamarro-me
 
em qualquer tempo poético
 
transpirando pelos poros
 
suores adocicados com palavras
 
caminhando comigo na fulgura
 
dos ventos bravios sensuais
 
…e se tal destino tu ainda
 
com brevidade me concedes
 

Pelos atalhos do tempo

Cambaleei dobrando todos
 
os atalhos do mundo
 
levando meu corpo empanturrado
 
com dores e despertares
 
atentos ao cansaço da vida
 
que nos foge em vertigens
 
sem alaridos nem desalentos
 
mas purificando aquelas promessas
 
transitando dia a dia em ondas
 
fisionómicamente bafejadas de amor
 

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